Tempo de pressão sobre as cotações das commodities
Negociados em Chicago, milho e trigo, duas das commodities agrícolas de maior liquidez, resistiram ao pânico que dominou a bolsa principalmente na quinta-feira e encerraram a semana passada com valorização. A soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, registrou queda, mas modesta. Nos casos de milho e soja, problemas climáticos nos Estados Unidos ainda colaboram para a sustentação das cotações.
Na sexta-feira, os contratos do milho com vencimento em dezembro - que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez - subiram 1,50 centavo de dólar por bushel (medida equivalente a 25,2 quilos) e fecharam a US$ 7,03, ainda acima da "barreira" dos US$ 7. Segundo cálculos do Valor Data, com a alta esses papéis atingiram uma valorização semanal de 5,12% e os ganhos acumulados em 12 meses alcançaram 68,18%.
A segunda posição do trigo (dezembro) caiu 2,50 centavos de dólar por bushel (27,2 quilos) na sexta-feira e fechou a US$ 7,23. Mesmo assim o cereal registrou alta de 1,01% na semana passada, e assim a queda acumulada em 12 meses passou a ser de 10,88%, de acordo com o Valor Data.
Do trio de grãos, apenas a soja fechou a semana passada valendo menos do que na anterior na bolsa de Chicago. Após nova queda na sexta-feira - de 8,25 centavos de dólar por bushel (27,2 quilos) -, a baixa semanal foi de 1,52%, mas a alta acumulada em 12 meses ainda chega a 28,34%. As variações positivas da soja e do milho em 12 meses ganham relevância pela alta base de comparação. Em julho do ano passado, embalados por graves problemas na oferta de grãos da Rússia e países vizinhos, os preços voltaram a subir forte. O trigo, mais afetado pelas adversidades, subiu mais na ocasião e agora aparece com baixa no ano-móvel.
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