Mercados asiáticos encerram 2010 com ganhos sólidos
A maioria das bolsas de valores asiáticas encerrou o ano com sólidos ganhos anuais nesta sexta-feira e mais avanços são esperados em 2011, mas preocupações sobre a economia dos Estados Unidos e a crise de dívida da Europa serão limitações para os investidores no ano que vem.
As medidas de estímulo econômico adotadas pelo Federal Reserve neste ano, e as taxas de juros baixíssimas do Ocidente geraram uma inundação de capital em ativos de maior risco, com a busca do investidor por lucros maiores.
Esses fluxos de capital têm como principal destino mercados emergentes como os da Ásia, impulsionando os preços das ações e prejudicando o dólar, enquanto dão força aos preços de petróleo, ouro e outras commodities, que atingiram máximas em vários anos.
O índice MSCI de bolsas da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,67 por cento em meio a um volume fraco de negócios, com muitos mercados já fechados antes do feriado de ano-novo ou funcionando pela metade do dia.
Apesar da queda do início do ano devido a preocupações sobre a Europa e ao susto de novembro com o pacote de resgate à Irlanda, o índice asiático caminha para um ganho de 15 por cento em 2010.
Ainda assim, o índice está 19 por cento abaixo das máximas atingidas em 2007, antes da crise financeira global.
A alta dos mercados da região foi liderada pelo sudeste asiático, com o principal índice da Indonésia avançando 46 por cento, e pela Coreia do Sul, onde a bolsa de SEUL ganhou quase 22 por cento, apesar das tensões com a Coreia do Norte no final do ano.
Embora a demanda voraz da China tenha elevado as perspectivas de crescimento mundial e os preços de commodities, a bolsa de XANGAI caiu 15 por cento por temores sobre as medidas de aperto monetário que o governo poderia tomar para impedir o superaquecimento da economia.
A queda de Xangai pressionou HONG KONG, que teve uma alta limitada de 5,3 por cento no acumulado do ano.
Japão e Austrália também tiveram um desempenho pior, com o índice Nikkei da bolsa de TÓQUIO recuando 3 por cento no ano, enquanto o iene valorizou-se 12 por cento em relação ao dólar.
A bolsa de SYDNEY fechou 2010 em baixa de 2 por cento, embora as ações de mineradoras tenham subido mais de 10 por cento devido ao aumento das exportações para a China.
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