Laranja: Greening é vilão, e mão de obra pesa mais nos custos

Publicado em 22/12/2010 07:03
Ainda que atualmente concentre a maior parte das atenções, o greening, que é causado por uma bactéria, não é a única ameaça fitossanitária que paira sobre os pomares de laranja de São Paulo. Ácaros e cochonilhas que parasitam vegetais sempre exigirão cuidados, e doenças que já foram mais destrutivas no passado, como o cancro cítrico, continuam a demandar esforços e investimentos em prevenção e controle. Mas o greening é o principal vilão.

"O greening, hoje, é praticamente inevitável. Para evitar que a doença se espalhe e inviabilize um pomar, é vital que ela seja identificada rapidamente e que a árvore infectada seja logo erradicada. Se isso puder ser feito em até 15 dias, melhor", alerta o diretor agrícola da Cutrale, Valdir Guessi. Para a guerra contra a bactéria e o psilídeo que a transmite, manuais de treinamento padronizados, muito treinamento e um rígido cronograma de aplicações de defensivos. A equipe comandada por Guessi que é responsável pelas atividades agrícolas nas 40 fazendas da Cutrale é composta por 52 pessoas, entre economistas, administradores e engenheiros agrônomos.

Também colaboraram na prevenção e combate às doenças novas técnicas de plantio. Uma delas, que colabora para o controle e eleva a produtividade, é o adensamento. Na Fazenda Santa Maria, que até ser arrendada pela Cutrale, em 2002, era dedicada à pecuária, o plantio é em linha, em blocos de 500 metros por 500 metros. Entre as fileiras, 6,8 metros. Entre as árvores de uma mesma fileira, 3,2 metros.

E toda a renovação de pomares que a empresa tem de fazer segue esse mesmo padrão. Com o adensamento, ficou menos difícil colher até 1,5 mil caixas de 40,8 quilos de laranja por hectares, sendo que a grande maioria da produção paulista de laranja apresenta produtividade um pouco superior a 600 caixas por hectare.

Nas contas da Fazenda Santa Maria no ano-agrícola 2009/10, os gastos com defensivos e herbicidas somaram quase R$ 506 mil. O custo total da propriedade, incluindo colheita e frete, foi de R$ 4,44 milhões na temporada, e o destaque foi o custo da mão de obra. Crescente, chegou a R$ 789,6 mil no ciclo.

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Fonte:
Valor Econômico

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