Mercado “spot” menos atrativo ajuda a explicar firmeza do frango vivo
É notório, neste instante, que o movimento de alta registrado pelo frango vivo se opõe à situação do boi e do suíno, cujos preços, no momento estáveis, vêm sendo inferiores aos de 30 dias atrás.
Também é notório que a evolução de preços da ave viva não está sendo concomitantemente acompanhada, no atacado, pelo frango abatido. Assim, enquanto nos 10 primeiros dias de dezembro o frango vivo obteve (SP) valorização de 5%, no atacado paulistano o ganho do frango abatido mal passou de 1,5%. Por quê?
A versão corrente é a de que, ao contrário de anos anteriores, as empresas integradas que habitualmente obtinham um ganho “extra” produzindo frango para o mercado independente nas Festas, desta vez não se aventuraram nesse mercado.
Efetivamente é uma aventura: sempre que o movimento natalino é bom, falta produto e o frango vivo (mercado independente) é o maior beneficiado. Mas quando o movimento natalino é fraco, a ave viva não obtém a devida valorização e muito criador acaba ficando com “o mico”.
Foi o que ocorreu nos últimos anos – a ponto de desestimular maiores investimentos extras no “frango vivo do Natal”. Mas não apenas isso: o custo (leia-se: milho) foi o grande (senão o maior) fator impeditivo de uma produção mais ampla. E isso, por sinal, não ficou restrito às integrações, atingiu também os produtores independentes.
Resultado: comparativamente a anos anteriores (e independentemente, até, da carne bovina) falta frango vivo. Que obtém, neste instante, valorização nunca antes vista. Mas isso não significa, necessariamente, que a ave abatida vá apresentar o mesmo comportamento. Mais que a oferta, quem efetivamente determina as condições de mercado é o consumidor. E não se sabe, ainda, até onde ele pretende ir neste Natal.
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