Qual será o segredo por ora inconfessável de Dilma?

Publicado em 12/11/2010 07:22 e atualizado em 12/11/2010 16:17

A presidente eleita Dilma Rousseff criticou nesta quinta-feira (11), em Seul, a política monetária dos Estados Unidos. Segundo ela, a desvalorização do dólar frente às outras moedas é uma questão “grave” para todos os países. Questionada se a medida do Federal Reserve (Banco Central norte-americano) de adquirir US$ 600 bilhões em títulos seria uma “desvalorização disfarçada”, Dilma concordou. Ela afirmou que a decisão dos EUA de injetar dólares na economia gera um “protecionismo camuflado” por parte das outras nações “como forma de se proteger”.

A presidente eleita chegou na Coreia do Sul na quarta (10) para participar das reuniões do G20 ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Há uma questão que eu acho que é grave para o mundo inteiro, que é o problema da política do dólar fraco. Essa é uma questão que sempre causou problema. Faz com que o ajuste americano fique na conta das outras economias”, disse.

Queda do dólar
Dilma manifestou preocupação com a valorização do real e disse que será preciso adotar novas medidas para conter a queda do dólar. “Vamos ter que olhar cuidadosamente e tomar todas as medidas possíveis”.

Questionada sobre as decisões que pretende tomar para manter o equilíbrio cambial, disse: “Se eu tivesse medidas, eu não diria aqui.” Ela contou uma história sobre o ex-premiê britânico Winston Churchill, que governou a Inglaterra durante a Segunda Guerra mundial, para exemplificar que algumas medidas têm de ser tomadas sem publicidade. “Você sabe aquela história do Churchill. O repórter perguntou para ele: ‘vai fazer tal medida?’. Ele fala ‘não’. Aí ele vai, entra e faz a medida. E aí os repórteres: ‘mas o senhor disse que não ia tomar’. E ele falou: ‘tem certas medidas que a gente não confessa nem para nós mesmos’”, contou Dilma.

A presidente eleita defendeu ainda a proposta do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de modificar o sistema financeiro para que as reservas internacionais sejam compostas por múltiplas moedas. No entanto, ela afirmou que a diminuição do papel do dólar nas transações comerciais não é apenas uma “questão de vontade”. “Se fosse uma questão de vontade, já tinha sido feito. Pode ser uma questão de acordo, como foi em Breton Woods. Em Breton Woods, isso já foi colocado como sendo uma possibilidade, defendido até pela representação inglesa”, afirmou.

Trem-bala
Dilma contou que conversou na quarta com o ministro dos Transportes da Coreia, Jong-Hwan Chung, sobre a possível participação do país asiático na construção do trem-bala. “Ao chegar, eu falei com o ministro dos Transportes. Ele falou para mim que os coreanos têm todo o interesse em participar. Falou muito das obras que estão fazendo, da capacidade de construir portos, de rodovias. E sempre falando que querem participar no Brasil. São muito bem-vindos”, disse.

(Por Nathalia Passarinho, do G1, em Seul):

Comento
Fingir que as palavras não fazem sentido é quase sempre ruim, mas, às vezes, pode ser uma salvação. Leiam o que vai acima. Há alguma possibilidade de que o G-20 chegue a algum lugar na tal “guerra cambial”? Não! A China já avisou que sua política não vai mudar um milímetro. A atual fase do “mundo global” é a do “cada um no seu quadrado”, por mais contraditório que isso pareça. Será o Brasil o Diógenes de um certo idealismo global, segurando a lanterna “das regras” de convivência? Com o dólar no chão, as moedas locais tendem mesmo a se valorizar, como acontece com o Real. Só que temos um pólo de atração e tanto de capital especulativo, que agrava o problema: os juros altos — os mais altos do “globo globalizado”. Por que estão nas alturas? Os diagnósticos variam. Mas estão. E isso, obviamente, não é bom.

Dilma, seguindo as pegadas de Lula, deu um cutucão nos americanos. Inútil! Não será o Brasil a forçar um recuo dos EUA daquela que se mostra, tudo bem pensado, a sua única possível saída — até porque não há um só economista que eu tenha lido, daqui ou de lá, que assegure que o plano americano vai dar certo. O Brasil dá uma cotovelada nos EUA, mas preserva a China, protegida por sua “muralha de fogo”. O G-20 encerrará a rodada como começou. Alguns países têm de dar satisfação aos eleitores, como os EUA; outros, aos consumidores, como a China; outros ainda a suas respectivas plutocracias. Ninguém se mostra disposto a arredar pé de suas posições.

O trecho da fala que Dilma atribui a Churchill sugere algo de grande. Em entrevista, Lula afirmou que, como está, a coisa não pode ficar. Que “coisa”? É o que se vai ver nos próximos dias, talvez meses. A equação que vem sustentando a estabilidade da “economia do consumo” exibe evidentes sinais de instabilidade. Não há especialista que conheça a resposta.

Por que afirmei que, às vezes, é bom não dar muita bola às palavras? Disse Dilma: “Tem certas coisas que a gente não confessa nem pra nós mesmos”. O óbvio é imaginar o efeito que essas “coisas” teriam ou terão quando “confessadas” para todo mundo.  Preferível silenciar a dizer isso. Se a fala é séria, das duas, uma: a) ou “a coisa” existe e pode criar um baita tumulto; b) ou não existe nada além de perplexidade. Se o mercado leva em consideração esse “mistério”, já começa a botar um preço na incerteza.

Por Reinaldo Azevedo

Curioso, não? Agora que a eleição passou, então já dá para debater o que realmente tem importância

A manchete do Estadão nesta sexta é esta: “Dilma diz que real valorizado e ruim e vai mexer no câmbio”. Trata-se de uma síntese, com um quezinho de interpretação, do que disse a presidente eleita em Seul, onde se encontrava para a reunião do G20. Mas se trata, sem dúvida, de uma síntese correta. Eu mesmo comentei aqui a fala cheia de mistérios de Dilma. Segundo disse, apelando a Churchill, “tem certas medidas que a gente não confessa nem para nós mesmos”. Falava justamente do real supervalorizado. Vai saber que diabos pensava naquela hora… Que coisa, não? E pensar que o segundo turno das eleições presidenciais aconteceu há apenas 12 dias, sem que se tenha tocado nessa questão!

De quem é a culpa? Da oposição? De José Serra? Ora, imaginem o adversário de Lula (era ele quem disputava afinal…), tratado pelo Babalorixá como o “candidato da turma da contra”, metendo-se a propor medidas para corrigir a distorção cambial, tocando, então, para alguns, no sacrossanto tripé da estabilidade: câmbio flutuante, metas de inflação e ajuste fiscal!!! Seria sacrificado na pira do colunismo econômico. Cumpre notar de saída que um dos pés, o ajuste fiscal, já tinha ido para as cucuias fazia tempo.

Serra até que ensaiou, logo depois de deixar o governo para assumir a candidatura, uma crítica à política de câmbio e de juros. O mundo desabou sobre a sua cabeça. Ficou evidente que a candidatura seria sacudida por fortes turbulências — e a tarefa já não era fácil — se insistisse no assunto. Certamente seus interlocutores no partido e na campanha o aconselharam a deixar o tema de lado: arcano demais para a esmagadora maioria dos eleitores; explosivo em certos setores formadores de opinião que tomam o tal tripé  como um fetiche. E insisto: a perna fiscal já tinha ido para o brejo fazia tempo. Cumpria exigir a adoração ao “câmbio flutuante”.

Não serei eu aqui a dar uma de Padre Quevedo — lembram-se dele, os mais maduros, no Fantástico? — e afirmar, como ele asseverada sobre os fantasmas, que “câmbio flutuante non ecziste“. Digamos que existem o câmbio fixo, determinado pelo Banco Central — aquilo que faz a China, por exemplo, dê-se à sua política o nome que for —, e o câmbio que mais ou menos flutua, com graus variados de intervenção dos governos. Ou alguém nega que o brasileiro está tentando interferir, embora não esteja conseguindo lograr êxito?

Como diria Lula, alguma coisa “vai ter de ser feita”, ou setores importantes da indústria brasileira vão para o ralo, junto com a balança comercial. O real hoje está mais valorizado do que no tempo do tal câmbio fixo, pouco antes da desvalorização empreendida logo no começo do segundo mandato de FHC. “Ah, mas agora está assim num regime de câmbio flutuante; antes, era no de câmbio fixo”. Certo. E daí? Isso caracteriza o “antes” e o “agora”, mas aonde nos leva? A lugar nenhum! Há certa dificuldade em reconhecer o problema? Há, sim.

No dia 2, na “entrevista da vitória” que Dilma concedeu ao Jornal Nacional, travou-se o seguinte diálogo:

Dilma: Eu acredito que a gente não pode correr o risco de querer menosprezar… Eu te diria assim: eu acho que o câmbio é flutuante. No entanto, indícios de que há hoje no mundo uma guerra cambial são muito fortes. Acho que tem moedas subvalorizadas. Eu acredito que uma das coisas importantes são as reuniões multilaterais em que fique claro que nós, por exemplo, iremos usar de todas as armas para impedir o dumping, a política de preços que prejudica as indústrias brasileiras, e vou olhar com muito cuidado, porque não acredito que manipular câmbio resolva coisa alguma. Nós temos uma péssima experiência disso.

Bonner: Manipular câmbio pelas mãos do governo?

Dilma: É, pelas mãos do governo e do Banco Central. Você se lembra do câmbio fixo? O que ele levou a Argentina e quase nos levou também? A uma situação de crise muito grande.

Bonner: Então a senhora está dizendo que qualquer modificação que virá não será no sentido de acabar com o câmbio flutuante?

Dilma: Não, de maneira alguma! Muito boa a sua pergunta, que me permite esclarecer. Eu tenho um compromisso forte com a questão dos pilares da estabilidade macroeconômica, um câmbio flutuante. E nós temos hoje uma quantidade de reservas que permite que a gente inclusive se proteja em relação a qualquer tipo de guerra ou de manipulação internacional.

Perguntem para um economista que sabe das coisas e que é hoje amigo do governo, Delfim Netto, o que acha da seqüência acima. Ora, que Dilma continue a chamar o câmbio de “flutuante”! O fato é que admitiu que vai ter de intervir muito mais do que faz hoje. Será “flutuante” porque não será “fixo”, à moda antiga, mas será preciso “mexer”, fazer alguma coisa. Atrelada à política de câmbio, há o outro assunto-tabu: a política de juros. Então vejam que coisa curiosa: a tarefa mais importante da presidente eleita, que vai se sentar na cadeira de Lula daqui a 48 dias, é articular uma resposta para temas que foram simplesmente interditados durante a campanha eleitoral. O primeiro que ousasse dizer o que diz Lula agora — “é preciso fazer alguma coisa” — corria o risco de ser tomado por alguém  contaminado pelo vírus da heterodoxia.

Debate obscurantista
Aí, lamento, amplos setores da imprensa colaboraram com o que eu chamaria de “obscurantismo da continuidade”, com continuísmo (Dilma) ou sem (Serra) . Teria bastado olharpara o resto do mundo e constatar: 1) os fatores externos que hoje valorizam o real não cessarão da noite para o dia; 2) dada a sua continuidade, “alguma coisa” terá de ser feita para tentar conter seu efeito deletério na economia brasileira; 3) como o Brasil não pode decidir que política econômica os outros adotam, os instrumentos de intervenção serão internos.

A grande pergunta que deixou de ser feita aos candidatos é esta: “Assim, certamente, a coisa não ficará, ou o país vai para a breca: o que o (a) sr(a) pretende fazer se eleito(a)”. Mas não foi isso o que se viu, não! O candidato era obrigado a ajoelhar no milho e assegurar: nada muda! E então poderia cuidar de outros assuntos. Vejam lá: ainda no dia 2, já vitoriosa, Dilma não precisou reiterar na TV Globo que acredita em Deus, mas expressou a sua fé irrestrita no “câmbio flutuante”.

Qual é a melhor política cambial? A que funciona.
Qual é a melhor política de juros? A que funciona.
Qual é o melhor gato? O que caça ratos.

É curioso ver os caminhos que certo debate toma no país. Os que tratavam Serra como se chutasse a santa quando fazia restrições à política cambial eram, em muitos casos, os mesmos que o tratavam como se chutasse a santa quando reclamava, no primeiro mandato de FHC, do câmbio fixo… E o câmbio fixo foi fundamental para consolidar o real? Eu acho que foi. Até que deixou de caçar ratos, entenderam?

O câmbio continuará “flutuante”? Sim, continuará! Se preciso, chamaremos até uma estaca de flutuante. Mas, como diria Camões, não será mais “como soía”.

E aprendemos todos, um tanto constrangidos, uma lição desagradável: AGORA QUE A ELEIÇÃO PASSOU, ENTÃO JÁ DÁ PARA DEBATER O QUE REALMENTE TEM IMPORTÂNCIA!

Por Reinaldo Azevedo

Dilma reforça sinais de que vai manter Mantega no comando da Fazenda

Pore João Domingos, no Estadão:
A presidente eleita, Dilma Rousseff, tem dado todos os sinais de que manterá Guido Mantega no Ministério da Fazenda, como lhe sugeriu Luiz Inácio Lula da Silva. É a mostra de que pretende dar continuidade à política econômica de metas de inflação e câmbio flutuante, mas com a exigência de que os juros caiam progressivamente, para que cheguem a 2% até 2014.

Na convivência diária que teve com Mantega desde segunda-feira, quando viajaram juntos para Seul, Dilma se convenceu, segundo um interlocutor de ambos, de que o ministro tem o controle das informações sobre a economia e de que ele está no rumo da política que deseja imprimir ao setor, com o Estado fazendo o papel de indutor do crescimento econômico.

Nos últimos quatro dias, Dilma não deu um passo sem que Mantega estivesse ao seu lado. O ministro a pôs ao par de tudo o que estava ocorrendo no G-20, a reunião de cúpula dos países mais ricos, que termina hoje em Seul. Explicou-lhe que a posição brasileira é a de negociar com os Estados Unidos - e não só combater - na busca de uma forma que reduza a guerra cambial que está no auge, motivada pela decisão do governo norte-americano de emitir U$ 600 bilhões.

Ao se encontrarcom Dilma ontem, Lula, procedente de Moçambique, pôde perceber na presidente eleita a disposição de manter o ministro da Fazenda - o que para ele gerou certo alívio, visto que havia feito a sugestão e considera que Mantega é um ministro que dificilmente dá problemas.

Brincadeiras. Os três tiveram uma reunião a sós antes da entrevista na qual Lula falou a respeito das negociações no G-20. Mantega participou dessa coletiva e foi alvo de muitas brincadeiras de Lula, pois havia tomado quase a metade do tempo da entrevista para explicar o que o Brasil achava da situação e como deveria se comportar - já no governo de Dilma. Lula ficou ao lado, olhando-o com carinho e gesticulando. Aqui

Por Reinaldo Azevedo

PT contra Meirelles

A mudança da política monetária foi uma das demandas apresentadas na quarta-feira por deputados petistas a José Eduardo Dutra na reunião em que foi tratada a transição rumo ao governo Dilma Rousseff.

Por Lauro Jardim

Estudo identifica que 17 países tentam desvalorização cambial

Por Erica Fraga, na Folha:
Na tentativa de provocar uma desvalorização de suas moedas, 17 países têm adotado medidas de intervenção em seus mercados de câmbio ou controles de capitais, segundo estudo do Peterson Institute for International Economics, centro norte-americano de pesquisa. Essas nações podem ser divididas em dois grupos: as que deveriam ser “censuradas” por sustentar moedas já extremamente desvalorizadas, contribuindo para acentuar desequilíbrios globais, e as que estão agindo apenas para se defender dos efeitos negativos de uma sobrevalorização cambial. O primeiro inclui cinco nações asiáticas, como China e Cingapura, e a Suíça. Do segundo, fazem parte países de todos os cantos do mundo, como Brasil, África do Sul, Índia, Turquia e Japão. De acordo com o estudo dos economistas Willian Cline e John Williamson, o real precisa se desvalorizar em cerca de 8% em relação às moedas de seus principais parceiros comerciais. 
Aqui

Por Reinaldo Azevedo

Silvio procurou ajuda de Lula, diz membro do FGC

Na Folha:
Após participar de 15 reuniões com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para negociar uma saída para o PanAmericano, o empresário Silvio Santos disse ter uma única preocupação em mente: manter a imagem de credibilidade com o seu público. O relato foi feito à Folha por um dos integrantes dessa reuniões que manteve contato com o apresentador e dono do Grupo Silvio Santos. Em uma dessas reuniões, o empresário afirmou que procurou o presidente Lula, antes do segundo turno eleitoral, no dia 31 de outubro, para buscar ajuda. Ao empresário Lula teria dito que ele deveria procurar os “canais competentes”, citando o ministro Guido Mantega (Fazenda) e o presidente do BC, Henrique Meirelles. Antes de seguir para Seul, onde ocorre a reunião do G20, Lula afirmou que não tratou do assunto, quando Silvio foi a Brasília pedir doação para o Teleton.

Por Reinaldo Azevedo

Lula vetou comissão do Congresso que fiscalizaria compras feitas pela CEF e pelo Banco do Brasil

Pois é…

No dia 22 de outubro de 2008, o Diário Oficial da União publicou a Medida Provisória 443, que autorizou a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil a comprar a participação em bancos em dificuldades. Foi essa MP que permitiu à CEF criar a CaixaPar. O primeiro e único negócio foi feito em 2009: a aquisição dos 49% das ações do Banco Panamericano, processo só concluído há quatro meses, com a bênção definitiva do Banco Central. Em março do ano passado, Maria Fernanda Coelho, presidente da CEF, declarava: “A CaixaPar está sendo criada neste momento; nós estamos nos últimos trâmites legais para publicação do estatuto e nós estamos fazendo prospecção de mercado”. Depois de muito prospectar, chegaram ao… Banco Panamericano. Só que há um probleminha aí.

Quando a MP bateu no Congresso, recebeu uma emenda: a formação de uma comissão especial para acompanhar as aquisições feitas pelos bancos oficiais. Fazia sentido? Todo sentido, ora essa! São bancos públicos recebendo autorização para ir às compras. Se o Congresso é, por excelência, o “Poder do povo”, por que não? Pois é… Ocorre que Lula vetou a comissão. O episódio foi lembrado hoje pelos deputados Paes de Lira (PTC-SP) e Luiz Carlos Hauly (PR), vice-líder do PSDB.

Cândido Vacarezza, líder do PT na Câmara, defende o veto. Segundo ele, não se pode fazer comissão para tudo. Afirmou ainda que a CEF não está tendo nenhum prejuízo. Falso, não é? O tombo nas ações do Panamericano diz ou não respeito ao sócio do banco? A proposta previa que a comissão recebesse um relatório sobre a empresa cujas ações estariam sendo compradas e a exposição de motivos. Ela contaria com a colaboração de técnicos do BC, da Receita, do TCU e da Comissão de Valores Mobiliários.

Se essa comissão existisse, é possível que a barafunda do Panamericano tivesse sido evitada? Não tenho a menor idéia. Considerando que, hoje, ninguém se diz responsável pela lambança, teria sido uma chance a mais de impedir que a CEF torrasse R$ 700 milhões.

Por Reinaldo Azevedo
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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo (veja.com

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1 comentário

  • Antonio Luiz Junqueira Caldas Filho LINS - SP

    Como sempre o governo deixa de fazer o que é realmente necessário e fica a nos embromar com esses depoimentos obscuros e imprecisos!

    E não pasmem cidadãos se a conta cair no nosso bolso!

    Já não queremos mais reformas! Tem que demolir e construir denovo!

    Abraço 'a todos!

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