Ibovespa volta a cair com tensão nas Coreias e preocupação com bancos
Os atritos na península coreana se acentuaram, após a Coreia do Norte ter acusado a vizinha do Sul de violar sua fronteira marítima, o que a levou inclusive a romper as relações com ao país vizinho.
Junte-se ao episódio o aumento das preocupações com o sistema financeiro espanhol. Depois do anúncio feito no fim de semana de resgate do CajaSur pelo banco central espanhol, quatro bancos do país anunciaram a intenção de fazer uma fusão, para reforçar a solvência e os ativos das instituições.
Diante da pressão internacional, o Ibovespa operou em baixa ao longo de toda jornada e chegou a atingir 57.876 pontos na mínima do dia. O índice fechou com queda de 1,22%, aos 59.184 pontos, com giro financeiro de R$ 6,884 bilhões.
O Ibovespa conseguiu reduzir as perdas ao fim do dia, acompanhando a trajetória das bolsas americanas. Em Wall Street, o índice Dow Jones encerrou os negocios com baixa de 0,23%, aos 10.043,75 pontos, enquanto o Nasdaq teve desvalorização de 0,12%, para 2.210,95 pontos, e o S & P 500 se apreciou em 0,04%, aos 1.074,03 pontos.
O assessor da Hera Investimentos, Fernando Campelo, apontou que a inversão de rumo dos papéis da Vale, que fecharam em alta, também pode ter levado o Ibovespa a diminuir as perdas. As ações PNA da companhia tiveram alta de 1,00%, para R$ 40,20, com giro de R$ 877 milhões, enquanto os papéis ON subiram 0,88%, a R$ 46,72.
"O mercado testou o suporte dos 58.500 pontos e deu uma corrigida ao fim do dia, com uma melhora inclusive dos papéis da Vale, que têm um potencial de valorização muito alto. Nossas empresas têm mostrado resultados muito fortes e pode ser que a venda generalizada seja algo de curto prazo, sem muito fundamento", pontuou. "A pouca confiança na solução desta crise deixa o mercado mais volátil, mas esperamos uma melhora."
No cenário corporativo nacional, lideraram a lista de maiores quedas do Ibovespa os papéis ON da Fibria, com recuo de 4,82%, a R$ 27,62, as ações ON da Usiminas, com depreciação de 4,11%, a R$ 41,9, e PNB da Cesp, com perdas de 4,08%, a R$ 20,91.
Destaque ainda para o setor bancário que, refletindo as preocupações com o sistema financeiro internacional, apurou perdas expressivas. As units do Santander recuaram 5,9%, para R$ 18,82, enquanto os papéis PN do Bradesco caíram 4,08%, a R$ 28,67. Além disso, as ações PN do Itaú Unibanco estiveram entre os principais volumes negociados, com giro de R$ 738,8 milhões, e queda de 2,20%, a R$ 26,55.
E, repercutindo a queda dos preços das commodities, os papéis PN da Petrobras se desvalorizaram em 2,20%, a R$ 26,55, enquanto as açõea ON da OGX Petróleo caíram 0,37%, a R$ 15,79.
Já entre as maiores altas do Ibovespa, que foram minoria nesta jornada, destaque para os papéis ON da Agre Empreendimentos Imobiliários, com valorização de 2,98%, a R$ 6,90, para PDG Realty ON, com apreciação de 2,41%, a R$ 14,39, e para Brasil Ecodiesel ON, com ganhos de 2,4%, a R$ 0,85.
Fora do Ibovespa, os papéis ON da Marfrig despencaram 6,18%, para R$ 15,62. A empresa anunciou hoje o estabelecimento de um compromisso visando a compra de 100% das ações da O´Kane Poultry Ltd. O valor da operação é de 26 milhões de libras esterlinas, sendo 13 milhões de libras no ato e o restante em junho de 2011.
O negócio foi fechado por meio das subsidiárias Marfrig Holdings (Europe) BV e Moy Park. A empresa adquirida está em Ballymena, Irlanda do Norte, e é verticalmente integrada em carne de aves.
No sentido oposto, as ações ON da Açúcar Guarani subiram 0,51%, a R$ 3,91. A companhia reverteu o prejuízo líquido de R$ 205,2 milhões apurado no exercício de 2008/09, ao lucrar R$ 24,3 milhões na safra 2009/10, o que abrange o período de abril de 2009 a março de 2010.
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