Vinícolas investem em suco de uvas e vendas crescem 40%
"O consumidor está buscando produtos que tenham as propriedades da uva, encontradas no vinho, mas sem precisar consumir álcool, e o suco de uva integral é um produto que tem este potencial. No ano passado, a comercialização desta bebida cresceu 48%", acrescenta Diego Bertolini, gerente de promoção e marketing da entidade. Em vista disso, a indústria está mais focada para a categoria. E o Brasil já é um forte exportador de suco de uva concentrado, que chega aos Estados Unidos e Japão em forma de commodity. "As exportações do produto têm uma importância bem grande, embora a mesma tenha diminuído em função do aumento de consumo no mercado interno", observa Paviani. "Com o dólar mais barato é mais vantajoso vender para outros estados do País".
Juciane Casagrande, diretora comercial da Casa de Madeira, empresa gaúcha especializada em sucos, está satisfeita com o crescimento do produto no mercado interno. "O suco de uva é uma opção para quem quer aproveitar os benefícios do vinho, sem consumir álcool, pois tem 42% da eficácia do vinho", diz. Miguel Carraro Neto, gerente comercial da Vinícola Garibaldi, confirma o bom momento do produto. Ele lembra que nos últimos seis anos, a empresa vinha investindo na linha de espumantes, com novos equipamentos. Mas neste ano, o foco será outro: a Garibaldi está investindo R$ 6,5 milhões para ampliar a sua linha de sucos de uva, estimando ampliar a atual produção de 1,8 milhão de litros para 3 milhões de litros em 2011. "No ano passado crescemos 49% nesta área. É um mercado forte para muitos anos ainda", reforça Neto.
Segundo Paviani, o crescimento da produção de vinhos brasileiros previsto para este ano não aconteceu, devido às chuvas. Em contrapartida, em termos de comercialização, o ano passado reverteu um período de três anos de perda de vendas na área de vinhos. "Voltamos a crescer com taxas de 12% a mais que em 2008. O faturamento do setor vitivinícola foi de R$ 1,2 milhão, um resultado muito positivo", diz ele, que estima expansão de 10% para 2010.
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