Banco do Brasil: para a temporada 2009/2010, liberação de R$ 28,3 bi
José Carlos Vaz, diretor de Agronegócios do BB, explicou que o ritmo de liberação de recursos para agricultores nas agências do banco é bom. Na semana passada, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informou que cerca de 60% dos recursos reservados para a agricultura empresarial foram emprestados até março de 2010.
Segundo Vaz, os recursos aplicados no setor agrícola têm como base a chamada exigibilidade bancária. O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelece que 30% dos depósitos à vista e 70% da poupança rural sejam aplicados na agricultura. O aquecimento da economia estimulou os depósitos, o que, na prática, ampliou a oferta de crédito para o setor agrícola.
No caso dos investimentos, a liberação acumulada de créditos para investimento na agricultura familiar somou R$ 3,2 bilhões, crescimento de 66% em relação à safra passada. A agricultura empresarial demandou menos crédito. Foram liberados R$ 2,4 bilhões entre julho e abril, alta de 41% em relação ao mesmo período de 2008/2009.
Vaz explicou que as condições dos médios e grandes produtores rurais justificam o volume aplicado. "Os médios e grandes produtores estão num processo de recuperação de renda e de amortização de dívidas renegociadas", disse. O BB também divulgou dados relativos ao crédito para custeio de lavoura. Nos financiamentos de custeio de lavoura, a agricultura familiar utilizou R$ 3,9 bilhões, crescimento de 3%. Para a agricultura empresarial, foram liberados R$ 14,4 bilhões para custeio, crescimento de 5%.
A queda nos custos de produção da safra atual, em relação à anterior, é mais um fator que justificaria a folga entre a exigibilidade de aplicação e as liberações feitas até agora. Vaz explica que o financiamento para custeio teve um crescimento menor que o para investimento, porque os financiamentos são feitos com base em orçamento apresentado pelos produtores rurais ao banco. Os dados do banco mostram aumento da área financiada, não diretamente refletido nos valores desembolsados, por conta do menor custo de produção.
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