Ceará criará consórcio de exportação para floricultores
Gilson explica que a criação do consórcio é uma necessidade do setor. Para sua criação, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio do departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop), irá aportar recursos na ordem de R$ 70 mil. Esse valor será repassado pelo Instituto Frutal, que hoje possui convênio firmado com o MAPA. "Inicialmente, uma empresa de consultoria foi contratada para ouvir dos empresários quais são as necessidades do setor", explica Gilson.
Ele acredita que o consórcio será uma excelente saída para ampliar, por exemplo, o mix de produtores oferecidos pelos produtores brasileiros no mercado externo. "Um produtor que exporta sozinho tende a oferecer apenas um ou dois produtos. Também esperamos que os produtores que estão na informalidade busquem se formalizar, seja pelo empreendedor individual, seja adquirindo o Registro Nacional de Mudas e Sementes, expedido pelo Ministério da Agricultura", afirma. Hoje a exportação de flores, plantas e sementes do Estado do Ceará está concentrada em apenas oito empresas, que exportaram US$ 5 milhões em 2009.
Aumentar o número de empresas exportadoras é uma necessidade do setor de flores e plantas ornamentais do Ceará e de todo o restante do país. Segundo dados recentes da Secex compilados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), o valor das exportações dos produtos da floricultura brasileira encerrou o ano com US$ 31,5 milhões, representando queda de – 11,4% em relação a 2008. Por outro lado, o valor das importações em 2009, US$ 20 milhões, apresentou um acréscimo de grande magnitude, 41,5% em comparação com o ano anterior.
Conforme análise do IEA, assinada pelos pesquisadores Ikuyo Kyuna, José Alberto Angelo e Paulo José Coelho, a crise financeira internacional, ocorrida no fim de 2008 e início de 2009, foi um atenuante e não o fator principal para o resultado do setor no ano passado.
O presidente da Câmara Setorial, porém, discorda. "Durante a crise financeira, várias empresas no exterior quebraram. O que nos manteve foi o mercado interno, que hoje tem potencial para consumo de R$ 3 bilhões em flores e plantas ornamentais", informa.
Principais destinos - Em 2009, as exportações brasileiras tiveram como destino 42 países, dos quais dois parceiros comerciais absorveram 78,1% do valor das vendas ao exterior. Embora a Holanda continue invicta como destino principal dos produtos em termos de valor comercializado (US$18,6 milhões), respondendo por 59,1% do total, pela primeira vez a magnitude da queda (-15,5%) superou o do segundo parceiro comercial mais importante, os Estados Unidos. Neste caso, o valor comercializado foi de US$6 milhões (18,9% da fatia) com queda no valor comercializado (-6,4%).
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