Serra diz elevação dos juros penaliza agricultura

Publicado em 30/04/2010 08:57



O pré-candidato à Presidência da República, José Serra, afirmou, na tarde da quinta-feira, na Agrishow de Ribeirão Preto, que o aumento de juros determinado pelo Banco Central ontem é uma medida dolorosa para a agricultura e outros setores da economia.

Edson Silva/Folha Imagem
Serra vai a feira em Ribeirão Preto, veste chapéu de peão, sobe em trator e tira fotos
Serra vai a feira em Ribeirão Preto, veste chapéu de peão, sobe em trator e tira fotos

Colocando no "mesmo barco" as administrações anteriores, ele afirmou que se pergunta por que entra governo e sai governo e o Brasil continua com a maior taxa de juros no mundo. E prometeu que vai se debruçar sobre esse assunto se for eleito presidente. Estimulado a comparar o movimento do Banco Central, que elevou ontem a taxa Selic para 9,5% ao ano, com o período em que FHC era presidente, quando a taxa de juros passou dos 20%, Serra disse que não responderia e pediu que dessem seguimento à coletiva.  Estimulado a comparar o movimento do Banco Central, que elevou ontem a taxa Selic para 9,5% ao ano, com o período em que FHC era presidente, quando a taxa de juros passou dos 20%, Serra disse que não responderia e pediu que dessem seguimento à coletiva.  Estimulado a comparar o movimento do Banco Central, que elevou ontem a taxa Selic para 9,5% ao ano, com o período em que FHC era presidente, quando a taxa de juros passou dos 20%, Serra disse que não responderia e pediu que dessem seguimento à coletiva. 



DILMA CRITICA INVASÕES DE TERRA


A ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, presidenciável do PT nessas eleições, criticou há pouco as invasões de terra e a ocupação de prédios públicos e considerou tais invasões como “atitudes ilegais”. “Sou inteiramente contrária a criar prejuízos aos que não são responsáveis pela política e sou contrária às invasões de terra”, destacou ela, sem citar o MST e cercada por uma plateia eminentemente ruralista que visita a Agrishow.



dilmaagro

“Não pretendo compactuar com qualquer atitude ilegal”, afirmou Dilma. Foto: André Lessa/AE

Na feira agrícola, Dilma pregou também o diálogo com os movimentos sociais e procurou isentar o governo do presidente Lula de qualquer responsabilidade pelas ações desse movimento. “Governo é governo e movimento é movimento. A primeira relação é termos diálogo, mas sou inteiramente contrária à tomada de locais públicos e invasões de terra”, frisou Dilma. E continuou, sob aplausos tímidos da plateia: “Não pretendo compactuar com qualquer atitude ilegal que não deve ser premiada, pois estamos todos sob os mesmos princípios legais”.

Em rápido discurso, Dilma citou vários programas do governo federal para a concessão de crédito ao setor agrícola, entre eles o Mais Alimentos, destinado aos pequenos agricultores e o PSI (Programa de Sustentação dos Investimentos), criado no ano passado durante a crise econômica financeira global para injetar liquidez no mercado e financiar máquinas e equipamentos agrícolas.

Dilma repetiu o que o presidente Lula já vem afirmando, que o nível de crédito no Brasil saiu de R$ 400 bilhões para R$1,4 trilhão nos 8 anos de sua gestão e lembrou ainda que no ano passado foram destinados R$ 92,5 bilhões para a agricultura empresarial e mais R$ 15 bilhões para a agricultura familiar, dentro do programa de safra.

A ex-ministra deu sinais de que pretende perenizar algumas políticas temporárias adotadas pela equipe econômica do governo Lula, como a redução do IPI para bens de consumo e o próprio PSI, que está previsto para acabar no final deste ano. Dilma admitiu que o governo não conseguiu fazer uma reforma tributária durante os oito anos do presidente Lula, mas prometeu que “a questão deve estar na ordem do dia nos próximos anos”.

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Fonte:
OESP e FSP

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