Bovespa fecha em queda de 0,92%; dólar crava R$ 1,74
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve desvalorização na rodada de negócios desta segunda-feira, na sequência de três pregões consecutivos de ganhos. Analistas destacam que o mercado precisa conhecer qual o grau de correções dos juros na reunião desta semana antes de consolidar uma tendência.
O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, retraiu 0,92% no fechamento, aos 68.871 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,47 bilhões, bem abaixo da média do mês (R$ 7 bilhões/dia). Nos EUA, o índice Dow Jones (da Bolsa de Nova York) encerrou o dia em leve alta de 0,01%. O índice mais amplo S&P500 cedeu 0,42%.
O destaque do dia ficou por conta das ações da Telebrás, que voltaram a disparar na Bovespa. A ação preferencial valorizou 26,01%, movimentando R$ 171,77 milhões, sendo o quarto papel mais negociado no pregão de hoje. O jornal "Valor Econômico" publicou notícia em que aponta a definição do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) para os próximos dias.
O dólar comercial foi vendido por R$ 1,745, em um recuo de 0,96%. A taxa de risco-país marca 177 pontos, número 0,57% acima da pontuação anterior. "O que nós temos é um movimento intenso de entrada, fruto de um bom volume de exportações. Esse movimento é intensificado ainda por um retorno de dinheiro, que vem para investir na Bolsa de Valores", comenta Johny Kneese, diretor da corretora de câmbio Levycam.
Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro voltou a elevar suas projeções para a inflação deste ano. O IPCA projetado para 2010 passou de 5,32% para 5,41%. A estimativa para a taxa Selic no final de ano também subiu: de 11,50% para 11,75%.
A balança comercial acumula um superavit de US$ 775 milhões até a quarta semana de abril, segundo o Ministério do Desenvolvimento. No ano, o saldo está positivo em US$ 1,667 bilhão, cifra quase 70% abaixo do desempenho registrado para o mesmo período de 2009.
No front corporativo, a americana Caterpillar (equipamentos de terraplanagem) anunciou um lucro de US$ 233 milhões, ou US$ 0,36 por ação, para o exercício do primeiro trimestre, revertendo o prejuízo do ano passado e superando as expectativas do setor financeiro.
O mercado operou hoje sob expectativa da reunião do Copom, que vai decidir nesta semana a nova taxa de juros do país (hoje em 8,75% ao ano). Economistas do setor financeiro estão divididos entre um ajuste para 9,25% ou 9,50%.
Analistas também citaram alguma expectativa pelo início da temporada de balanços no Brasil. Na quarta, Bradesco, Net e Natura são algumas das principais empresas a publicarem seus resultados.
A corretora Ativa divulgou relatório onde aponta uma recuperação expressiva dos resultados das empresas na comparação com os números de um ano atrás.
"No mercado corporativo, acreditamos que haverá um aumento significativo do número de setores mostrando recuperação YoY [nos 12 meses], dada a base mais fraca (o primeiro trimestre de 2009 foi o fundo do poço), e aceleração no QoQ [trimestre contra trimestre], respondendo aos cenário macroeconômico e expansionista", avalia a equipe de analistas da corretora, que destaca os setores de tecnologia, alimentos, construção civil, consumo, varejo, shopping centers, autopeças, bens de capital, mineração e siderurgia, papel e celulose, bancos e serviços financeiros.
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