Dólar fecha a R$ 1,77 e sobe 0,23% na semana; Bovespa perde 0,52%
Embora um pouco mais otimistas sobre o desfecho da crise grega, os agentes de mercado ainda continuam incertos sobre a ajuda dos demais países da zona do euro. Nesse contexto, as cotações da moeda americana pouco oscilaram na jornada desta sexta-feira. Em relação à quinta-feira passada, a taxa de câmbio brasileira ficou 0,23% mais alta.
O dólar comercial encerrou o dia vendido por R$ 1,777, em baixa de 0,22% sobre o fechamento de ontem. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,778 e R$ 1,769. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,880 (estável).
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recua 0,52%, aos 71.413 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,17 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 0,48%.
"Hoje foi um dia até tranquilo, sem muito espaço [para o dólar] para subir nem para cair. Na verdade, o que acontece é que o mercado está todo sob expectativa da ajuda da União Europeia à Grécia. Parece que realmente a UE está se preparando para auxiliar o país, mas todo mundo quer ver mais concreta, e até lá, os negócios ficam em compasso de espera", comenta Mário Paiva, analista da corretora BGC Liquidez. "Acho que o único contraponto negativo foi o rebaixamento do 'rating' da dívida de longo prazo pela Fitch", acrescenta.
Entre ontem e hoje, duas importantes autoridades da comunidade europeia reforçaram a disposição em auxiliar a Grécia caso seja necessário: o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet, e o presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy. As declarações de apoio foram recebidas de forma mista pelos mercados, num momento em que há uma desconfiança geral sobre a capacidade do país mediterrâneo em saldar seus compromissos de curto prazo.
Numa sinalização dessa pouca confiança, a agência de classificação de risco Fitch Ratings reduziu a nota de crédito soberano do país em dois graus e sinalizou que mais reduções são possíveis.
Juros futuros
No mercado futuro da BM&F, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas ficaram mais altas nos contratos de maior volume financeiro.
No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista avançou de 9,99% ao ano para 10,03%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada avançou de 10,46% para 10,52%. No contrato de janeiro de 2012, a taxa prevista passou de 11,69% para 11,79%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.
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