Dólar fecha a R$ 1,79; Bovespa opera instável
A cotação da moeda americana cedeu mais uma vez, em uma dia caracterizado pela desconfiança e cautela dos agentes do mercado, na véspera do encerramento do mês.
Dessa forma, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,795, em um recuo de 0,22%, nas últimas operações desta terça-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,801 e R$ 1,791. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,900, em um declínio de 0,52%.
O final de mês é sempre marcado pela volatilidade no câmbio doméstico por conta da formação da Ptax, a taxa média calculada pelo Banco Central. Esse valor serve de referência para a liquidação de contratos negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) no último dia útil de cada mês.
É usual, portanto, que grandes agentes financeiros atuem no mercado à vista influenciar na formação da última Ptax do mês, conforme ganhem com a alta ou a baixa das cotações. No jargão dos profissionais de câmbio, é a disputa entre "comprados" e "vendidos", o que afeta a oscilação diária dos preços.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recua 0,03%, aos 69.916 pontos. O giro financeiro é de R$ 5 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 0,11%.
A possível saída de Henrique Meirelles da presidência do Banco Central também gerou algum nervosismo. "Na nossa opinião, vários fatores agiram sobre o câmbio hoje. O primeiro, é a possível saída do [Henrique] Meirelles do Banco Central. Ele está reunido com o presidente Lula, e acho que todo mundo ficou muito preocupado. O mercado tem muita confiança no trabalho dele e fica muito receoso porque vai transferir essa função para outra pessoa", comenta Felipe Pellegrini, gerente da corretora Confidence.
"O outro fator é a velha disputa pela formação da Ptax. Mas isso foi difícil de avaliar hoje, porque o volume de negócios ficou muito retraído", acrescenta.
Entre as principais notícias do dia, a FGV apontou inflação de 0,94% em março ante 1,18% em fevereiro, pela leitura do IGP-M. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação é de 1,94%. O BC entrou no mercado de câmbio às 15h35 (hora de Brasília), realizando seu leilão diário de compra, e aceitou ofertas por R$ 1,7949 (taxa de corte).
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