Goellner: sem refinanciamento da dívida rural bancos ficarão com "mico"
Publicado em 08/03/2010 10:57
O senador Gilberto Goellner (DEM-MT) lançou o alerta: se não houver um grande refinanciamento da dívida dos produtores rurais, inclusive os da agricultura familiar, o sistema Finame (Financiadora de Máquinas e Equipamentos) agrícola do BNDES e alguns bancos poderão sofrer um calote, e muitos agricultores irão quebrar. "Haverá um enorme mico, porque a maioria não poderá arcar com os encargos financeiros", disse o senador. É para debater e buscar soluções para o problema que Goellner requereu a audiência pública sobre o tema na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária na próxima terça-feira, dia 9.
Participarão da audiência o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o assessor da diretoria da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e Ademiro Vian, técnico da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). O senador Gilberto Goellner informou que há completo descontrole sobre o volume da dívida rural com os bancos privados que operam junto ao Finame. Segundo ele, o volume das dívidas tem-se tornado insuportável para os devedores por causa dos altos juros. "A situação se agrava ainda mais com a valorização do Real, que tem trazido prejuízo a quem exporta produtos agrícolas", principalmente nos últimos quatro anos, explicou.
O senador disse que uma máquina agrícola comprada hoje custa metade da dívida acumulada com a compra de uma máquina idêntica comprada há quatro anos, por causa dos juros cumulativos. A maior parte da dívida contraída para compra de máquinas e equipamentos vem de dinheiro da Finame, repassado por bancos credenciados e pelo Banco do Brasil. "Estamos com problemas, inclusive por causa da crise internacional, cujos efeitos ainda sentimos, além do câmbio, claro. O milho, por exemplo, está sendo exportado pela metade do preço do ano passado, e os estoques estão muito altos", disse.
Gilberto Goellner disse que vai incluir no projeto de lei de conversão (PLV) 18/2009 uma emenda propondo a renegociação da dívida em novas bases. O projeto é oriundo da Medida Provisória 470/2009, que trata de seguro de crédito. O senadoracredita que o ideal seria um grande acordo que envolvesse o governo, o BNDES e os bancos. (Cezar Motta)
Participarão da audiência o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o assessor da diretoria da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e Ademiro Vian, técnico da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). O senador Gilberto Goellner informou que há completo descontrole sobre o volume da dívida rural com os bancos privados que operam junto ao Finame. Segundo ele, o volume das dívidas tem-se tornado insuportável para os devedores por causa dos altos juros. "A situação se agrava ainda mais com a valorização do Real, que tem trazido prejuízo a quem exporta produtos agrícolas", principalmente nos últimos quatro anos, explicou.
O senador disse que uma máquina agrícola comprada hoje custa metade da dívida acumulada com a compra de uma máquina idêntica comprada há quatro anos, por causa dos juros cumulativos. A maior parte da dívida contraída para compra de máquinas e equipamentos vem de dinheiro da Finame, repassado por bancos credenciados e pelo Banco do Brasil. "Estamos com problemas, inclusive por causa da crise internacional, cujos efeitos ainda sentimos, além do câmbio, claro. O milho, por exemplo, está sendo exportado pela metade do preço do ano passado, e os estoques estão muito altos", disse.
Gilberto Goellner disse que vai incluir no projeto de lei de conversão (PLV) 18/2009 uma emenda propondo a renegociação da dívida em novas bases. O projeto é oriundo da Medida Provisória 470/2009, que trata de seguro de crédito. O senadoracredita que o ideal seria um grande acordo que envolvesse o governo, o BNDES e os bancos. (Cezar Motta)
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Fonte:
Ag. Senado
1 comentário
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Fabiano Ferrari Rondonópolis - MT
A divida do Finame esta impagavel! no entando para o produtor que deu suas terras em garantia dessa divida, acredito que se alguem vai ficar com o "mico" é o produtor. As execuções hipotecarias é uma realidade. Portanto quem deu o patrimonio em garantia do negocio é bom ficar atento.