Alterações no zoneamento agrícola da soja em MS serão graduais
Publicado em 21/08/2009 16:12
O coodenador-geral de Zoneamento Agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Gustavo Bracale, explicou a técnicos do setor agrícola os critérios usados na elaboração do zoneamento agrícola para a cultura da soja em Mato Grosso do Sul - safra 2009/10 – durante o seminário Clima e Agricultura em MS, promovido pela Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), na quinta-feira (20).
Quanto à revogação da portaria publicada pelo Mapa no dia 21 de julho, que restringia a semeadura da soja, na região Sul do Estado, ao mês de novembro, Bracale disse que a iniciativa foi tomada porque a alteração desse período tem que ser feita de forma gradual para não haver um impacto na produção. “O zoneamento anterior foi um pouco precipitado, então para atender à demanda do Estado, de que se revisse a portaria, o Mapa publicou um novo documento no dia 5 de agosto, mas mesmo assim houve redução do período de plantio, porém menos expressivo que o da primeira portaria”, declarou.
Sobre os três tipos básicos de solos, 1, 2 e 3, o coordenador-geral diz que a variação deles é exclusivamente em função da capacidade de retenção de água, então quanto maior a capacidade de reter água no solo, menor o risco climático para o desenvolvimento da lavoura. “Os indicativos da pesquisa apontam uma restrição maior para o solo tipo 1, que apresenta menos capacidade de reter água. A tendência é que ele não seja mais indicado para a cultura da soja, e isso não é só em MS, mas para todo o Brasil porque o risco é muito elevado”, explicou.
Demandas
No seminário, também foi apresentada a programação de pesquisa da Embrapa Agropecuária Oeste, pelo chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Guilherme Lafourcade Asmus. Ele explicou que os estudos estão alinhados às demandas verificadas durante as visitas de pesquisadores e analistas da Unidade a áreas de produção agropecuária do Estado. Nas viagens, realizadas em março deste ano, foi feito um reconhecimento da região com visitas a diversas propriedades rurais e a representantes da assistência técnica, para identificar as condições da safra e verificar as perspectivas de plantio para as próximas safras.
As demandas de pesquisa, segundo o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, incluem manejo de pragas, custo de produção, problemas climáticos, diversificação da propriedade, alternativas de cultivos incluindo espécies perenes, cultivos energéticos, nematóides e alternativas para a agricultura familiar.
“Realizamos alguns estudos recentemente e, nos últimos sete anos agrícolas, a cultura da soja teve perdas de 1,8 bilhão de reais. No caso do milho safrinha, foram 100 milhões de reais de perdas. Isso não é pouca coisa e demanda uma reflexão maior sobre o clima na nossa região”, destacou Asmus.
Os municípios onde foram registradas as perdas são: Dourados, Amambai, Ponta Porã, Naviraí, Caarapó, Maracaju, Rio Brilhante e Laguna Carapã.
Ao falar sobre o comportamento do clima no Sul de MS, o pesquisador Carlos Ricardo Fietz explicou que, de maneira geral, desde 2001 as condições climáticas foram atípicas na região de Dourados. “Registramos a ocorrência de temperaturas mais altas, menores índices pluviométricos e distribuição irregular das chuvas”, informou.
Fietz aconselhou que, para a redução dos riscos, principalmente devido à deficiência hídrica, é essencial seguir o zoneamento agrícola. “Além disso, devem ser adotadas as recomendações das pesquisas”, acrescentou.
O Boletim Agrometeorológico da Embrapa Agropecuária Oeste com informações sobre o clima de Dourados pode ser obtido pelo endereço eletrônico https://www.cpao.embrapa.br/clima/
O pesquisador Júlio Cesar Salton concluiu o seminário falando sobre as tecnologias disponíveis para a produção agrícola nas condições climáticas da região de Dourados, enfatizando o Sistema Plantio Direto.
Zoneamento
O zoneamento agrícola de risco climático é desenvolvido pelo Mapa para minimizar prejuízos relacionados ao clima. O objetivo é evitar que adversidades climáticas recorrentes atinjam as lavouras em suas fases de desenvolvimento mais sensíveis. Esses estudos são revisados anualmente e indicam também as cultivares e respectivos ciclos adaptados às diversas regiões.
O produtor deve seguir o zoneamento porque ele indica que, em dez safras, há a possibilidade de se obter sucesso em pelo menos oito. Para ter direito ao Proagro, Proagro Mais e seguro rural, o produtor deve seguir as recomendações da norma. Vale lembrar ainda que alguns agentes financeiros estão condicionando a concessão do crédito rural ao uso do zoneamento.
Quanto à revogação da portaria publicada pelo Mapa no dia 21 de julho, que restringia a semeadura da soja, na região Sul do Estado, ao mês de novembro, Bracale disse que a iniciativa foi tomada porque a alteração desse período tem que ser feita de forma gradual para não haver um impacto na produção. “O zoneamento anterior foi um pouco precipitado, então para atender à demanda do Estado, de que se revisse a portaria, o Mapa publicou um novo documento no dia 5 de agosto, mas mesmo assim houve redução do período de plantio, porém menos expressivo que o da primeira portaria”, declarou.
Sobre os três tipos básicos de solos, 1, 2 e 3, o coordenador-geral diz que a variação deles é exclusivamente em função da capacidade de retenção de água, então quanto maior a capacidade de reter água no solo, menor o risco climático para o desenvolvimento da lavoura. “Os indicativos da pesquisa apontam uma restrição maior para o solo tipo 1, que apresenta menos capacidade de reter água. A tendência é que ele não seja mais indicado para a cultura da soja, e isso não é só em MS, mas para todo o Brasil porque o risco é muito elevado”, explicou.
Demandas
No seminário, também foi apresentada a programação de pesquisa da Embrapa Agropecuária Oeste, pelo chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Guilherme Lafourcade Asmus. Ele explicou que os estudos estão alinhados às demandas verificadas durante as visitas de pesquisadores e analistas da Unidade a áreas de produção agropecuária do Estado. Nas viagens, realizadas em março deste ano, foi feito um reconhecimento da região com visitas a diversas propriedades rurais e a representantes da assistência técnica, para identificar as condições da safra e verificar as perspectivas de plantio para as próximas safras.
As demandas de pesquisa, segundo o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, incluem manejo de pragas, custo de produção, problemas climáticos, diversificação da propriedade, alternativas de cultivos incluindo espécies perenes, cultivos energéticos, nematóides e alternativas para a agricultura familiar.
“Realizamos alguns estudos recentemente e, nos últimos sete anos agrícolas, a cultura da soja teve perdas de 1,8 bilhão de reais. No caso do milho safrinha, foram 100 milhões de reais de perdas. Isso não é pouca coisa e demanda uma reflexão maior sobre o clima na nossa região”, destacou Asmus.
Os municípios onde foram registradas as perdas são: Dourados, Amambai, Ponta Porã, Naviraí, Caarapó, Maracaju, Rio Brilhante e Laguna Carapã.
Ao falar sobre o comportamento do clima no Sul de MS, o pesquisador Carlos Ricardo Fietz explicou que, de maneira geral, desde 2001 as condições climáticas foram atípicas na região de Dourados. “Registramos a ocorrência de temperaturas mais altas, menores índices pluviométricos e distribuição irregular das chuvas”, informou.
Fietz aconselhou que, para a redução dos riscos, principalmente devido à deficiência hídrica, é essencial seguir o zoneamento agrícola. “Além disso, devem ser adotadas as recomendações das pesquisas”, acrescentou.
O Boletim Agrometeorológico da Embrapa Agropecuária Oeste com informações sobre o clima de Dourados pode ser obtido pelo endereço eletrônico https://www.cpao.embrapa.br/clima/
O pesquisador Júlio Cesar Salton concluiu o seminário falando sobre as tecnologias disponíveis para a produção agrícola nas condições climáticas da região de Dourados, enfatizando o Sistema Plantio Direto.
Zoneamento
O zoneamento agrícola de risco climático é desenvolvido pelo Mapa para minimizar prejuízos relacionados ao clima. O objetivo é evitar que adversidades climáticas recorrentes atinjam as lavouras em suas fases de desenvolvimento mais sensíveis. Esses estudos são revisados anualmente e indicam também as cultivares e respectivos ciclos adaptados às diversas regiões.
O produtor deve seguir o zoneamento porque ele indica que, em dez safras, há a possibilidade de se obter sucesso em pelo menos oito. Para ter direito ao Proagro, Proagro Mais e seguro rural, o produtor deve seguir as recomendações da norma. Vale lembrar ainda que alguns agentes financeiros estão condicionando a concessão do crédito rural ao uso do zoneamento.
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Fonte:
Agora MS
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