Milho fecha em queda na B3, enquanto encerra 3ª feira em campo misto na Bolsa de Chicago
Os preços do milho trabalham em campo misto durante todo o dia na B3 nesta terça-feira, buscando definir sua direção depois das altas intensas da semana anterior. No fechamento do dia, porém, os preços perderam um pouco mais de força e fecharam os negócios em queda. As baixas variaram de 0,6% e 1% entre as posições mais negociadas, com o maio sendo cotado a US$ 78,30 e o setembro a R$ 71,56 por saca.
O mercado vai buscando redefinir sua direção, em especial depois da intensidade que todas as commodities agrícolas apresentaram na semana passada. Segundo explicaram os analistas da Agrinvest Commodities, a intensidade do movimento foi forte o bastante para motivar, inclusive, uma novas vendas pelos produtores brasileiros, as quais chegaram a 1,5 milhão de toneladas.
Com isso, a consultoria informa que a comercialização da safrinha já chega a 25%, superando o ano anterior, neste mesmo período, quando o índice era de 21%. O mercado do cereal na B3 esteve atento ainda ao comportamento do dólar - hoje voltando a subir e buscando os R$ 5,90 -, porém, com impacto limitado sobre os preços do cereal no mercado físico.
Na maior parte das praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, as cotações ficaram estáveis nesta terça-feira, mas ainda garantindo patamares elevados. Os indicativos seguem oscilando entre R$ 61,00 e R$ 84,00 por saca.
O desenvolvimento da segunda safra é mais um fator-chave para os preços no mercado brasileiro neste momento. As chuvas estão voltando a regiões importantes de produção e vão permitindo um bom desenvolvimento das lavouras.
Em Nova Ubiratã/MT Mato Grosso, por exemplo, os campos vêm apresentando bom desempenho, porém, há preocupações agora com o controle de lagartas na região. Já em Laguna Carapã/MS, depois de um período de seca, as precipitações voltaram a chegar às lavouras, também começando a mudar o retrato da safra.
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BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, os futuros do milho também terminaram o dia sem direção, em campo misto, com os traders se ajustando depois de tudo o que subiram na última semana. Além disso, acompanham a nova safra americana, com o plantio americano, segundo o USDA, em 4%. O mercado, porém, esperava 6%. A possibilidade de vendas melhores da Argentina depois do fim do dólar blend também pressionam a CBOT.
Assim, a terça-feira se concluiu com baixas no maio e no julho, de pouco mais de 3 pontos, com o maio valendo US$ 4,81, enquanto o setembro e o dezembro subiram, levando o dezembro a US$ 4,64, com alta de 2,25 pontos.
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