Cigarrinha-do-milho: monitoramento detecta bactéria do enfezamento-pálido
Após semanas sem ocorrência, a bactéria do enfezamento-pálido voltou a ser registrada, desta vez, na cidade de Guatambu, no Oeste do Estado. A coordenadora do programa Monitora Milho SC e pesquisadora da Epagri, Maria Cristina Canale, explica que a cigarrinha-do-milho pode inocular as plantas com quatro patógenos: dois vírus (mosaico-fino e mosaico-estriado) e duas bactérias (espiroplasma do enfezamento-pálido e fitoplasma do enfezamento-vermelho), sendo estas as mais agressivas.
Apesar do registro, a pesquisadora salienta que a fase crítica para a inoculação já passou. Agora as lavouras estão em fase reprodutiva, se aproximando do final da colheita. Maria Cristina enfatiza que é importante que o monitoramento da presença e da contaminação dos insetos continue a ser realizado porque permite traçar um panorama sobre a população de cigarrinhas presentes no Estado e os inóculos potenciais presentes na entressafra.
A recomendação é que o produtor continue acompanhando os boletins publicados semanalmente pela Epagri, e fique atento à quantidade de insetos presentes nas lavouras. Outra dica é realizar a correta regulagem das colheitadeiras para evitar a perda de grãos na colheita e no transporte. “Esses grãos perdidos dão origem ao milho tiguera, ou voluntário, que atuam como ponte verde para que as cigarrinhas sobrevivam durante o inverno e migrem para os novos cultivos”.

O programa Monitora Milho SC coleta e divulga informações de todo o estado, permitindo que o setor produtivo acompanhe a evolução da população de cigarrinhas e as infecções causadas por esses insetos. Na última semana a média de cigarrinha-do-milho por armadilha foi de 105. Foi detectada a presença dos vírus do rayado-fino, do mosaico estriado e da bactéria do enfezamento-vermelho, nas cidades de Guatambu, Canoinhas e Major Vieira, além da bactéria do enfezamento-pálido, registrada em Guatambu.
O ataque de cigarrinhas infectadas com os patógenos dos enfezamentos pode comprometer substancialmente a produção de lavouras de milho. Para acompanhar a situação, foi criado no começo de 2021 o programa Monitora Milho SC, uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, composto pela Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.
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