Soja continua subindo em Chicago, apesar de informações desencontradas sobre pausa nas tarifas de Trump
O mercado da soja assumiu as altas ainda na manhã desta segunda-feira (7) na Bolsa de Chicago e passou a operar com bons ganhos entre os principais contratos, recuperando, inclusive, o patamar dos US$ 10,00 por bushel em alguns vencimentos. Perto de 11h50 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa subiam entre 7,25 e 11,25 pontos - com altas mais fortes nos contratos mais próximos - trazendo o maio aos US$ 9,88, o julho aos US$ 10,03 e o agosto a US$ 9,99 por bushel.
Os preços do grão acompanham altas fortes farelo, que sobem mais de 1,5%, pautado na possibilidade de um menor esmagamento na Argentina. Do mesmo modo, se equilibra frente às perdas do óleo de soja, que passam de 1%, mas já tendo amenizado o ritmo da queda em relação ao observado mais cedo. O trigo e o milho também sobem, ajudando a puxar a soja na carona.
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Os traders chegaram a trabalhar com as especulações de que o presidente americano Donald Trump pudesse considerar uma pausa de 90 dias nas tarifas em todos os países, exceto a China. Os mercados chegaram a dar um suspiro de alívio, porém, na sequência, a Casa Branca informou que não é real a possível pausa de 90 dias e que segue tudo como o planejado e anunciado na última semana.
Do mesmo modo, o Federal Reserve, o banco central norte-americano, convocou uma reunião de emergência, fechada, para tratar das tarifas impostas pelo presidente dos EUA em 57 países.
"O motivo, embora não detalhado oficialmente, ocorre em meio à escalada nas tensões comerciais provocadas pelas tarifas impostas por Trump", informa a analista de mercado Marta Guimarães, da Royal Rural. "A convocação súbita aumenta as especulações sobre o papel do Fed diante da nova turbulência. Jerome Powell já havia dito que o banco central “não precisa agir imediatamente”, mas o tom do mercado mudou desde então.
Apesar de os mercados estarem com a maior parte de sua energia concentrada sobre as questões da guerra comercial e da volatilidade muito tensa imposta pelas tarifas de Trump, a nova safra de grãos dos EUA está prestes a começar e também exige monitoramento. "Gradualmente, o foco do mercado também vai se deslocando para as condições climáticas nos EUA, com o primeiro relatório de progresso de safra sendo divulgado hoje às 17h (horário de Brasília), afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Ainda segundo o boletim diário da consultoria, divulgado há pouco, "fortes inundações atingiram o Delta e o centro-sul dos EUA após tempestades no fim de semana, com volumes de chuva entre 75 e 300 mm. Arkansas, Tennessee, Kentucky, sudeste do Missouri e sul de Illinois superaram os 300 mm na última semana, interrompendo o plantio de primavera e alagando lavouras de inverno. Cerca de 1/3 da safra de trigo de primavera está em risco. A NASS divulgará nesta tarde as condições das lavouras".
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