Café e cacau caem com tarifas de Trump gerando preocupações com demanda
LONDRES (Reuters) - Os preços mundiais do cacau e do café caíam nesta quarta-feira, com os investidores preocupados com o fato de que a iniciativa do presidente Donald Trump de impor tarifas punitivas sobre as importações dos EUA prejudicaria a demanda por chocolate e café no maior consumidor mundial desses produtos.
Os preços do açúcar também caíram, pois os EUA também são um dos maiores importadores de açúcar do mundo.
Trump disse que imporia uma tarifa básica de 10% sobre todas as importações dos EUA, elevando o máximo para mais de 50% para alguns países e desencadeando turbulência nos mercados mundiais, já que os investidores se preocupam com o fim de uma era de décadas de liberalização do comércio.
Os maiores produtores de café robusta, Vietnã e Indonésia, foram alvos de tarifas de 46% e 32%, respectivamente; o Brasil, maior produtor de arábica e açúcar, foi alvo de tarifas de 10% para seus produtos, enquanto os maiores produtores de cacau, Costa do Marfim e Gana, foram alvo de tarifas de 21% e 10%.
Os EUA também são um grande importador de produtos processados de cacau, como manteiga e pó, da UE e de países asiáticos como Malásia e Indonésia. Trump impôs tarifas de 20% sobre as importações da UE e de 24% sobre os produtos da Malásia. As tarifas de 32% sobre a Indonésia se aplicariam, é claro, tanto ao café robusta quanto aos produtos de cacau.
"Não sabemos o impacto (total) neste momento (mas) não há vencedores, isso é ruim para todos. Para os EUA, é inflacionário, enquanto outros perdem acesso aos EUA, um mercado enorme", disse um trader de café baseado na Europa.
Por volta das 11h10 (horário de Brasília), os futuros do café arábica na bolsa ICE caíam mais de 2%, a cerca de US$3,80 por libra-peso, depois de terem caído quase 3% anteriormente, enquanto os futuros do café robusta caíam 1,7%, para US$ 5.308 a tonelada métrica.
Os contratos futuros do cacau em Londres caíam 2%, a 6.626 libras por tonelada, depois de terem caído quase 5% anteriormente.
Em outras commodities negociadas na ICE, o açúcar bruto caía 2,5%, para cerca de 19 centavos de dólar por libra-peso.
(Reportagem de May Angel)
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