ADM corta empregos na divisão de comércio de grãos, dizem fontes
SÃO PAULO, 25 de março (Reuters) - A comerciante de grãos norte-americana Archer-Daniels-Midland está fazendo uma nova onda de cortes de empregos esta semana em sua maior unidade, a divisão de comercialização de grãos e processamento de oleaginosas, de acordo com três fontes informadas sobre o assunto.
ADM com sede em Chicago (ADM.N) disse em fevereiro que cortaria até 700 empregos e reduziria os custos em US$ 500 milhões a US$ 750 milhões nos próximos três a cinco anos, após registrar seu menor lucro ajustado do quarto trimestre em seis anos. Os cortes de empregos representariam cerca de 1,7% da força de trabalho global da empresa.
Não ficou imediatamente claro se as últimas demissões são parte desse anúncio ou são reduções adicionais de pessoal. A ADM não respondeu a um pedido de comentário.
A Reuters não pôde confirmar o número de cortes de empregos nesta semana.
A nova onda de cortes começou no escritório suíço da ADM, que é sua sede europeia, disse uma fonte, falando sob condição de anonimato.
Os cortes seriam prejudiciais aos serviços agrícolas e negócios de oleaginosas da ADM, disse outra fonte, já que os funcionários, incluindo traders experientes, estavam preocupados sobre quem poderia ser o próximo alvo. Essa unidade, a maior da ADM, abriga as operações globais de comércio de safras, transporte e armazenamento e processamento de oleaginosas da empresa.
A divisão parece ser o foco desta rodada de cortes, e não a unidade de nutrição da ADM, acrescentou uma das fontes.
Cada região onde a ADM opera recebeu metas específicas de corte de custos do diretor financeiro Monish Patolawala, de acordo com uma das fontes.
A ADM escolheu Patolawala para o cargo em julho passado, quando a empresa lidou com diversas investigações nos EUA, incluindo uma criminal, relacionadas a irregularidades contábeis.
Reportagem de Ana Mano em São Paulo e Chris Prentice em Nova York; Reportagem adicional de Karl Plume em Chicago; Edição de Emily Schmall e Rod Nickel
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