RS: Fórum Estadual de Influenza Aviária discute a evolução e perspectiva da doença
Com o objetivo de discutir a evolução e perspectiva da Influenza Aviária, as atribuições do serviço veterinário oficial, além de questões de biosseguridade e os impactos econômicos que a doença pode trazer para o setor, foi realizado o 1º Fórum Estadual de Influenza Aviária. O evento ocorreu nesta quarta-feira (26/2) de forma híbrida, em Porto Alegre.
O Fórum foi promovido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul (Fundesa) e pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
O secretário da Agricultura, Clair Kuhn, esteve presente na abertura do evento e destacou que a vigilância contra a doença é permanente na Secretaria. “Agora, a preocupação que temos tido aqui, com todos os segmentos olhando para a Europa, olhando para nossos vizinhos na Argentina, vendo o que já aconteceu no passado no caso de Influenza Aviária e tentando nos antever”, afirmou.
A importância de eventos como este foi frisada pelo secretário adjunto da Agricultura, Márcio Madalena. “Nosso objetivo principal é proteger a nossa cadeia produtiva. Esperamos sair daqui deste fórum com estratégias alinhadas porque a questão da prevenção da Influenza Aviária na avicultura comercial é extremamente dependente do serviço oficial, mas também do setor produtivo”, apontou
O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, destacou a grande responsabilidade que tem a cadeia da produção da avicultura, sendo expressiva socialmente e economicamente. “Esperamos que não venhamos a ter nenhum tropeço, porque as notícias que chegam de outros centros produtores importantes, especialmente os Estados Unidos, ganham uma dimensão que nós talvez não tenhamos condição de verificar a amplitude disso. Já transcende a cadeia da avicultura e alcança a pecuária leiteira. Por isso a biosseguridade é cada vez mais importante”, alertou.
Programação técnica
O evento contou com quatro painéis abordando diversos aspectos da doença de Influenza Aviária, com palestrantes que são referências no setor avícola.
Painel: “Panorama e perspectivas da Influenza Aviária” - Dr. Luizinho Caron, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves (Concórdia/SC)
“O vírus da Influenza Aviária tem se disseminado por várias granjas na América do Sul e nos Estados Unidos. Recentemente, tivemos um surto confirmado na Argentina, nas aves de subsistência. Visamos melhorar a consciência de que o vírus está presente no meio ambiente para que os nossos produtores melhorem a sua biosseguridade.”
Painel: “Atribuições do Serviço Veterinário Oficial do RS (SVO-RS) e estratégias de enfrentamento à Influenza Aviária” - Ananda Kowalski, coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola da Seapi
“Buscamos mostrar as medidas que o Serviço Veterinário Oficial do RS vem desempenhando ao longo dos últimos anos e que foram intensificadas por conta do risco da introdução da Influenza na avicultura comercial. Com destaque para as principais atividades de prevenção voltadas à atuação nas granjas, mas também a notificação e sensibilização da população para que sejam comunicados todos os casos suspeitos. Fizemos uma alerta ao setor produtivo para que sejam intensificadas as medidas de prevenção.”
Painel: “Biosseguridade e a responsabilidade socioeconômica setorial” - José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav)
“Fizemos uma análise macro da situação em que se encontra o setor junto com os acontecimentos que estamos vivendo em relação à Influenza Aviária e as medidas que nós podemos tomar e outras a se intensificar. Também destacamos a inserção da biosseguridade em cada pilar das ações que recaem em nosso setor e na sociedade como um todo”.
Painel: “Impactos socioeconômicos das Doenças Emergentes: como o setor deve se preparar?” - Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)
“Temos que reforçar as medidas de biosseguridade. O mundo sofre uma epidemia em vários país. Atingiu mais de 50 países no último semestre do ano passado. Em janeiro, mais de 34. O Rio Grande do Sul mostra que tem qualidade e capacidade em seus serviços técnicos para enfrentar os desafios, mas não merece que a gente se descuide. Se acontecer, nós temos que trabalhar, mas que não seja por descuido de ninguém, de nenhum produtor, de nenhuma indústria e de nenhuma pessoa da cadeia”
O Fórum contou com a presença de representantes da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (SFA/RS), além da participação presencial de mais de 70 pessoas no auditório da Seapi e cerca de 280 simultaneamente online através do canal do Youtube da Secretaria.
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