Soja volta a operar em alta na Bolsa de Chicago, na carona da retomada do milho
Após a suspensão das tarifas impostas sobre o México pelo presidente americano Donald Trump, o mercado de grãos voltou a trabalhar com altas fortes na Bolsa de Chicago na tarde desta segunda-feira (3), levando os futuros da soja na carona. Perto de 13h50 (horário de Brasília), as posições mais negociadas subiam entre 13,25 e 15,50 pontos, com o maio sendo cotado a US$ 10,72 e o julho a US$ 10,86 por bushel.
Entre os derivados, a movimentação era mais contida, com o óleo reduzindo as baixas - mas ainda operando em campo positivo, com ganho de pouco mais de 0,9% - e o farelo passando a operar em alta, porém, com tímido avanço em relação aos demais, de 0,5% e o março valendo US$ 302,50 por tonelada curta.
O mercado acompanha de perto toda a movimentação do governo Trump, temendo novas - e talvez mais extensas fases da guerra comercial -, mas ciente de que vai ainda enfrentar muitos dias de especulações ao redor destas taxas. Os valores determinados pelo presidente seguem mantidos sobre o Canadá e a China, com a nação asiática devendo levar o caso à OMC (Organização Mundial do Comércio).
"O Canadá retaliou imediatamente os Estados Unidos, logo após a confirmação pela Casa Branca, anunciando que irá tarifar os americanos em algo como US$ 100 bilhões, México e a China disseram apenas que irão retaliar, mas não foram claros em seus objetivos", explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. "Observamos que o presidente Trump, quando questionado sobre retaliação por parte dos países sobre as tarifas numa reunião com jornalistas, foi claro ao dizer que as retaliações poderiam implicar em aumento das tarifas já anunciadas".
No paralelo, o clima na América do Sul permanece no foco central dos traders, já que as safras de Brasil e Argentina deverão sofrer alguns reajustes em função de adversidades climáticas. A Argentina e o Sul e Centro-Oeste do Brasil deverão sofrer com uma nova onda de calor, o que intensifica as preocupações em áreas já fragilizadas pelas adversidades climáticas.
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