Açúcar fecha com baixa de até 1,08% em NY; consultoria aponta que preços devem seguir pressionados
Nesta quarta-feira (08), os preços do açúcar voltaram a fechar em queda. Na Bolsa de Nova York as perdas chegaram em 1,08%, enquanto que em Londres os recuos foram até a 0,77%. Em relatório divulgado nesta quarta, a Consultoria Agro do Itaú BBA apontou que os preços do adoçante devem seguir pressionados pelas elevadas chuvas no Brasil.
Na Bolsa de Nova York, o contrato março/25 caiu 0,21 cents (-1,08%), fechando a 19,24 cents/lbp. O maio/25 teve baixa de 0,15 cents (-0,83%), encerrando o dia a 17,96 cents/lbp. Já o julho/25 recuou 0,12 cents (-0,68%), sendo negociado a 17,60 cents/lbp, enquanto o outubro/25 caiu 0,10 cents (-0,56%) e fechou a 17,64 cents/lbp.
Em Londres, o março/25 registrou uma queda de US$ 3,90 (-0,77%), cotado a US$ 503,70 por tonelada. O maio/25 também recuou, fechando a US$ 506,50 por tonelada, com baixa de US$ 3,90 (-0,76%). O agosto/25 caiu US$ 3,80 (-0,76%), terminando o dia a US$ 497,50 por tonelada, enquanto o outubro/25 perdeu US$ 3,10 (-0,63%), encerrando a US$ 491,90 por tonelada.
“O balanço global de açúcar segue com um leve superávit na safra 2024/25, porém há perspectiva ele se elevar dependendo das chuvas do Brasil nos próximos meses. Os preços do açúcar no mercado internacional devem refletir o clima no cinturão da cana-de-açúcar no Brasil, além do desenvolvimento das safras na Ásia, particularmente na Índia e na Tailândia. A maior oferta de produto no Brasil, conjuntamente com o real desvalorizado, formam um cenário de preços pressionados para o açúcar no curto prazo”, destaca a consultoria.
Em relação à Índia, o Itaú BBA destaca o atraso na safra, que resultou em uma diminuição de 15,6% na produção do país durante o último trimestre de 2024. Entretanto, a avaliação, assim como Mauricio Muruci, da Safras & Mercado, já havia afirmado ao Notícias Agrícolas, é de que esse atraso não resulta em uma queda de produção. Ainda assim, uma menor área pode indicar sim uma produção menor. Com isso, a estimativa é de uma diminuição para 29,5 milhões de toneladas, 6,2% em relação à safra anterior.
Dessa forma, a Índia pode ser um grande fator de influência para os preços, dependendo de que rumo tome as exportações do país. “A discussão do mercado na Índia, passa pela forte ingerência do governo, pois ele segue restringindo exportações locais, além do seu programa de mistura de etanol na gasolina. Caso a produção indiana desaponte, o governo poderá restringir a utilização do etanol a base de cana (como já fez ano passado) para garantir o suprimento do alimento no mercado local, de forma a diminuir a possibilidade da Índia ser um fator altista para os preços do mercado internacional nos próximos meses”, aponta o Itaú BBA.
Mercado interno
O indicador Cepea Esalq mostra, em São Paulo, o açúcar cristal branco com valor de R$ 158,99/saca, com baixa 1,23%. O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 149,67/saca, após redução de de 0,89%. O cristal empacotado em São Paulo vale R$ 16,9754/5kg. O refinado amorfo está cotado em R$ 3,7868/kg, baixa de 0,26%. O VHP tem preço de R$ 112,45/saca.
Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar está em R$ 151,59/saca. Na Paraíba, a cotação é de R$ 147,09/saca. Em Pernambuco, o adoçante vale R$ 148,12/saca.
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