Alta do dólar ao longo do dia impulsionou preços do milho, que subiram até 0,8% na B3 nesta 3ªfeira
A terça-feira (17) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 69,00 e R$ 74,60, após subirem até 0,8%.
De acordo com a análise da Agrinvest, os preços do milho na B3 sentiram pressão negativa vinda da Bolsa de Chicago, mas a força do câmbio foi maior e levou as cotações do cereal para cima na Bolsa Brasileira nesta terça-feira.
Os analistas da Agrinvest destacam também que, a alta do dólar ante ao real aumenta os ganhos em reais por saca e torna o milho brasileiro mais competitivo na exportação.
O Consultor de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, acrescenta ainda que, nos últimos dias as cotações do milho liquidaram posições na B3, com os investidores fazendo lucros e saindo da bolsa.
“Como viram que o dólar disparou da semana passada que trabalhou perto dos R$ 6,00 para hoje perto dos R$ 6,20, o pessoal voltou a olhar o milho. Os preços dos portos também voltaram a subir atrelados ao dólar”, diz Brandalizze.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
O vencimento janeiro/25 foi cotado à R$ 74,60 com valorização de 0,81%, o marçoq25 valeu R$ 73,70 com alta de 0,79%, o maio/25 foi negociado por R$ 73,03 com elevação de 0,72% e o julho/25 tinha valor de R$ 69,00 com ganho de 0,44%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve poucas alterações neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização somente na praça de Sorriso/MT.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro finalizaram a terça-feira recuando em suas movimentações.
Segundo informações da Agrinvest, as cotações do milho sentiram pressão negativa vinda dos preços da soja, óleo e trigo. Por outro lado, a boa demanda por milho dos Estados Unidos e o corte nos estoques finais pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na semana passada, limitaram as perdas do milho na CBOT.
Vlamir Brandalizze também destaca esse “efeito manada” nas comodities em Chicago, que registraram perdas generalizadas no pregão desta terça-feira.
“Todas as comodities hoje estão em queda puxadas pelo petróleo, e petróleo em queda é etanol em queda. O milho, mesmo tendo bons fundamentos, acaba seguindo a linha negativa porque é dia de fazer lucros nas posições”, diz.
Mesmo assim, a perspectiva ainda é positiva, relata Brandalizze. “A boa notícia é que ele está segurando bem acima de US$ 4,30 lá no setembro, que é a safra do ao que vem, acima do US$ 4,50 no julho, que é a nossa safrinha já em colheita. Ou seja, as posições do milho estão interessantes porque, nesses patamares, vamos ter milho acima dos R$ 70,00 ou R$ 75,00 nos portos para a nova safrinha”.
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,43 com queda de 1,50 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,50 com perda de 1,75 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,53 com desvalorização de 1,75 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,34 com baixa de 1,75 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação do fechamento da última segunda-feira (16), de 0,34% para o março/25, de 0,39% para o maio/25, de 0,38% para o julho/25 e de 0,40% para o setembro.
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