Açúcar cai mais de 3% em NY e contrato março/25 volta a ser negociado no patamar dos 19 cents/lbp
As baixas nos preços do açúcar, que eram bastante leves na manhã desta terça-feira (17) nas bolsas de Nova York e Londres, ganharam força no decorrer do dia e no início desta tarde superam os 3% no contrato março/25 de NY e, assim, o valor negociado se aproxima dos 20 cents/lbp.
Na Bolsa de Nova York, próximo às 12h, o contrato março/25 recuava 0,88 cents, negociado a 19,80 cents/lbp. O maio/25 registrava uma queda de 0,72 cents, cotado a 18,48 cents/lbp, enquanto o julho/25 perdia 0,60 cents, valendo 17,95 cents/lbp. O outubro/25 apresentava baixa de 0,52 cents, sendo negociado a 17,90 cents/lbp..
Em Londres, os preços também registravam quedas acentuadas. O contrato março/25 recuava US$ 10,00, sendo cotado a US$ 519,40 por tonelada. O maio/25 caía US$ 10,10, negociado a US$ 520,50 por tonelada, enquanto o agosto/25 registrava uma baixa de US$ 8,20, valendo US$ 509,20 por tonelada. O outubro/25, por sua vez, recuava US$ 6,90, sendo comercializado a US$ 502,40 por tonelada.
De acordo com o que destaca o Barcharet, uma perspectiva melhorada de oferta global está minando os preços do açúcar. Esse movimento acontece sobretudo depois que a Organização Internacional do Açúcar reduziu, no final de novembro, sua previsão de déficit global de açúcar de 2024/25 para 2,51 milhões de toneladas, em comparação com uma previsão de agosto de 3,58 milhões de toneladas, segundo o que explica o portal. Houve também um aumento na estimativa de excedente global de açúcar de 2023/24 para 1,31 milhão de tonelada, de uma projeção de agosto de 200 mil toneladas.
Em análise divulgado nesta terça-feira, Lívea Coda, coordenadora da equipe de Inteligência de Mercado da Hedgepoint, destaca a tendência baixista apresentada recentemente nas cotações do açúcar influenciada por informações do mercado asiático.
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Segundo ela, a queda nos preços do açúcar, na semana passada, foi influenciada por diversos fatores, como a melhora na produtividade e ritmo da Tailândia. Além disso, a Indonésia busca autossuficiência alimentar até 2027, proibindo importações de açúcar para consumo a partir de 2025. Contudo, o país continuará importando 3,4 Mt de açúcar bruto, principalmente do Brasil.
Em relação à China, Coda aponta que o país suspendeu importações de xarope, mistura de açúcar e pré-mistura de açúcar em pó da Tailândia devido a questões sanitárias, deixando 1Mt sem destino. Outro fator é que a produção chinesa cresceu 53% em relação ao ano anterior, atingindo 1,37 Mt até o final de novembro.
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