Cacau atinge pico de mais de 7 meses em Nova York, com ganhos de 15% na semana
LONDRES (Reuters) - Os preços do cacau atingiram novos picos de sete meses e meio nesta sexta-feira, registrando ganhos por cinco semanas consecutivas, já que o mercado continua preocupado com o fato de que a recuperação da oferta nesta temporada não será suficiente para compensar três temporadas de déficit.
Enquanto isso, o café arábica permaneceu um pouco distante do recorde alta desta semana.
CACAU
* Os contratos futuros do cacau em Nova York na ICE fecharam em alta de 479 dólares, ou 4,4%, para 11.300 dólares a tonelada métrica. Ganharam 15% esta semana.
* O contrato está se aproximando do pico recorde de abril de 11.722 dólares, tendo atingido uma máxima de sete meses e meio de 11.365 dólares anteriormente.
* Os negociantes observaram que o clima na região produtora da África Ocidental tem estado seco ultimamente, pesando sobre as expectativas de produção.
* Além disso, a demanda ainda não caiu significativamente. Na Costa do Marfim, que disputa com a Holanda o posto de maior processador de cacau do mundo, a demanda aumentou 1,6% nos dois meses até novembro em relação ao ano anterior.
* O cacau em Londres subiu 3,5%, para 8.926 libras por tonelada, tendo registrado um ganho semanal de 8%.
CAFÉ
* Os contratos futuros do café arábica na ICE caíram 1,75 centavos, ou 0,5%, para 3,195 dólares por libra-peso, um pouco distante do recorde de 3,4835 dólares registrado na terça-feira. O preço caiu 3,2% na semana.
* Os negociantes disseram que o mercado está reavaliando as preocupações com as perspectivas da safra do Brasil, o maior produtor, que, embora reduzida devido à seca deste ano, pode não ser tão ruim quanto se pensava anteriormente.
* Enquanto isso, as torrefadoras no Brasil estão elevando os preços do café por uma grande margem e os comerciantes esperam que os preços subam em todo o mundo, o que significa que o consumo pode diminuir, especialmente nos países em desenvolvimento.
* O café robusta subiu 0,6%, para 5.184 dólares a tonelada.
* O Espírito Santo, maior produtor de conilon do Brasil, espera repetir em 2025 os bons volumes de exportação registrados este ano.
* Chuvas fora de época voltaram ao Vietnã, principal produtor de robusta, o que pode prejudicar ainda mais a colheita atrasada.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto fechou em queda de 0,17 centavo, ou 0,8%, a 20,72 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido uma mínima de quase três meses antes, de 20,57. O contrato perdeu 5% na semana.
* A produção de açúcar do Brasil, o maior produtor, no final de novembro, surpreendeu positivamente, indicando que os volumes da safra final podem ser maiores do que a maioria dos analistas esperava.
* O açúcar branco caiu 0,9%, a 528,00 dólar por tonelada. O contrato registrou uma perda semanal de 5,8%.
(Reportagem de Maytaal Angel e Marcelo Teixeira)
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