Queda na safra de cana-de-açúcar em São Paulo reflete desafios climáticos
O terceiro levantamento do Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sobre a safra de cana-de-açúcar 2024/25 em São Paulo revisou para baixo a estimativa de produção, agora projetada em 348,17 milhões de toneladas. A nova previsão representa uma queda de 2,25% em relação ao levantamento anterior e de 9,2% comparada à safra passada.
Mesmo com aumento de 6,2% na área colhida, totalizando 4,35 milhões de hectares, a produtividade caiu para 80.112 kg/ha. A redução, de 14,5%, se deve a fatores como a escassez de chuvas até setembro, ondas de calor extremo e incêndios que afetaram mais de 400 mil hectares.
A estimativa para produção de açúcar é de 26 milhões de toneladas, uma redução de quase 8% em comparação à safra anterior. Já a produção de etanol deve alcançar 13,5 bilhões de litros, uma queda de 2,4%, sendo 7,6 bilhões de litros de etanol hidratado (-0,5%) e 5,85 bilhões de litros de etanol anidro (-4,7%).
A projeção para o índice de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) médio é de alta de 2,7%, estimado em 139,1 kg/tonelada de cana. O ATR total, porém, deve cair 6,7%, somando 48,44 milhões de toneladas.
No cenário nacional, a produção de cana-de-açúcar também deve enfrentar redução, com estimativa de 678,7 milhões de toneladas, marcando queda de 4,8% em relação à safra 2022/23.
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