Preços do café sobem até 3,8% nesta 5ª feira (14) com queda na projeção da safra 25/26 e EUDR
Os preços futuros do café registraram altas que superam os 3% nesta quinta-feira (14) nas bolsas de Nova York e Londres. Os ganhos mais expressivos ocorreram para o robusta, com avanço de até 3,81% entre os contratos mais negociados. O movimento acontece por conta de reduções em estimativas de safra e pelo avanço da a EUDR (European Union Deforestation Regulation), a lei antidesmatamento da União Europeia, no Parlamento Europeu.
Na Bolsa de Londres, o contrato novembro/24 do café robusta subiu US$ 175 (3,81%) e foi a US$ 4.774/tonelada. O janeiro/25 fechou com ganho de US$ 145 (3,13) e passou a valer US$ 4.777/tonelada. O março/25 avançou US$ 143 (3,14%) e fechou em US$ 4.695/tonelada. O maio/25 subiu US$ 137 (3,05%) e ficou cotado em US$ 4.623/tonelada.
As cotações do robusta vêm com suporte de uma redução da safra do Vietnã, que deve passar de 30 milhões de sacas para 27 e 28 milhões de sacas. Além disso, nesta semana o Departamento Geral de Alfândega do país, informou uma queda de 11,6% nas exportações em outubro e uma redução de 11,1% de janeiro a outubro deste ano.
Em Nova York, o arábica teve alta de 730 pontos (2,69%) no contrato dezembro/25, que fechou em 278,95 cents/lbp. O março/25 foi a 279,40 cents/lbp, após um ganho de 820 pontos (3,02%). O maio/25 avançou 785 pontos (2,91%) e terminou o dia com preço de 277,75 cents/lbp. O julho/25 passou a valer 274,50 cents/lbp, com alta de 765 pontos (2,87%).
Nesta quinta-feira, a StoneX projetou a safra de café arábica do Brasil em 40 milhões de sacas, uma redução de 10,5% na comparação com o ano anterior. Já a colheita de café canéfora (robusta e conilon) em 2025/26 foi projetada em 25,6 milhões de sacas, aumento de 20,9% diante do ciclo anterior.
Além disso, o Barchart destaca que os preços do café subiram devido a potenciais preocupações com o fornecimento após o Parlamento Europeu “votar para mudar seus regulamentos de desmatamento”. O site internacional afirma que a EUDR pode reduzir o fornecimento de café de países como Brasil e Indonésia.
Mercado interno
No mercado físico brasileiro, o indicador Cepea/Esalq mostra o café arábica com preço de 1.698,83/saca, com valorização de 4,03%, e o robusta em R$ 1.554,96/saca, aumento de 1,84%. O tipo 6/7 Bebida Dura Bica Corrida subiu 5,88% em Guaxupé, com preço de R$ 1.800,00/saca. Em Vargínia o valor foi a 1.830,00/saca, ganho de 5,78%, em Campos Gerais/MG a 1.795,00, 5,90% de alta, e a 1.830/saca em Franca/SP, avanço de 4,57%.
O Café Cereja Descascado ganhou 5,58% em Guaxupé/MG e foi e R$ 1.892,00/saca. Em Poços de Caldas, o aumento foi de 1,09% e passou a valer R$ R$ 1.860,00/saca. Em Varginha/MG o preço subiu 5,49% e chegou em R$ 1.920/saca. Em Campo Gerais, o avanço foi de 5,67% e chegou em R$ 1.865,00/saca.
0 comentário
Café: preços do arábica encerram a sessão desta 5ª feira (26) com baixas devido ao aumento no nível dos estoques certificados
Preços do café recuam na bolsa de NY em movimento de ajustes no início da tarde desta 5ª feira (26)
Café: preços do arábica iniciam sessão desta 5ª feira (26) com altas moderadas
Comércio de café do Vietnã está calmo em meio a feriados, chuva prejudica colheita
Café: Chuvas abaixo do esperado trazem suporte para alta do preço do arábica no fechamento desta 2ª feira (23)
Média diária de faturamento de café torrado tem alta de 86,2% nos quinze primeiros dias úteis de dezembro de 2024