Complexo Soja: Grão caminha de lado diante de novas altas no óleo, mas queda do farelo em Chicago
O mercado da soja inverteu o sinal na Bolsa de Chicago e trabalha com leves baixas no início da tarde desta quinta-feira (7). Perto de 12h30 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 1,50 e 4 pontos nos vencimentos mais negociados, com o novembro valendo US$ 9,90, o janeiro com US$ 10,02 e o maio - referência para a safra brasileira - sendo cotado a US$ 10,28 por bushel. Os futuros do grão trabalham buscando se equilibrar entre movimentos mais intensos que se dão no complexo, entre os derivados.
Os futuros do farelo de soja voltavam a recuar e trabalhavam com perdas de mais de 1% na CBOT, pesando sobre os preços do grão, ao passo em que os preços do óleo voltavam a subir e operavam com ganhos superiores a 1,5%, o que auxiliam no suporte às cotações. Assim, a primeira posição do farelo tinha US$ 295,80 por tonelada curta - mais uma vez perdendo os US$ 300,00 - enquanto o óleo tinha 46,95 cents por libra-peso.
"Os futuros do óleo de soja dão continuidade ao movimento de alta na Bolsa de Chicago, renovando suas máximas desde julho de 2024. A soja também tem valorização, retornando ao seu maior patamar em quatro semanas", informa a Agrinvest Commodities. "O mercado assume que agora Trump vai trazer mudanças nos incentivos aos produtores de biocombutíveis, corrigindo distorções com o uso de matérias-primas importadas".
Além disso, ainda como destacam os analistas da consultoria, o mercado da soja ainda repercute a vitória do republicano nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. "O destaque de hoje vai para os cumprimentos de Xi Jinping. Em menos de 24 horas depois da vitória de Trump, Xi deu parabéns a ele e toda a equipe. A mensagem foi de que a China e os EUA podem encontrar um meio-termo onde a relação seja de ganha-ganha, bem diferente de quando Biden ganhou".
Do mesmo modo, os mercados se ajustam antes do novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga nesta sexta-feira (8). E parte das expectativas para este reporte é de que uma redução - mesmo que contida - no tamanho da nova safra norte-americana, o que ajuda a trazer certo suporte aos preços em Chicago.
No paralelo, há ainda atenção ao comportamento da demanda da China, que foca-se na soja dos EUA agora, em volume disponível maior do que no Brasil neste momento, que vive o desenvolvimento de uma nova safra.
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