Milho fecha quarta-feira subindo na B3 com mercado monitorando reflexos da eleição de Trump
A quarta-feira (06) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 72,49 e R$ 76,72 com avanços menores do que 0,5%.
O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 72,49 com valorização de 0,47%, o janeiro/25 valeu US$ 75,67 com alta de 0,42%, o março/25 foi negociado por R$ 76,72 com elevação de 0,22% e o maio/25 teve valor de R$ 72,76 com ganho de 0,28%.
Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, acredita que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos é um fator positivo para o mercado brasileiro do grão.
“No resumo da opera, acredito que será benéfico para preço do milho no Brasil por conta de uma demanda mais direcionada da China. Sendo hoje a China um grande comprador de milho do Brasil desde 2022, com uma nova Guerra Comercial entre Estados Unidos x China, os chineses podem focar suas compras no Brasil”, aponta Rafael.
“A médio prazo, o ponto central é entender como será a política de comércio externo dos Estados Unidos com China e outros países alinhados a partir de 2025. Se for mais restritiva ou menos amigável, como foi em 2018, pode ser um fator de sustentação para os preços locais de milho visto a maior demanda chinesa por milho de outras origens, com foco no brasileiro”, acrescenta Enilson Nogueira, Analista da Céleres Consultoria.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve movimentações positivas neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Palma Sola/SC, Sorriso/MT e Dourados/MS. Já as valorizações apareceram em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
A análise da SAFRAS & Mercado aponta que, “o mercado brasileiro de milho segue com firmeza nas cotações, seguindo o ambiente de oferta retraída por parte dos produtores. Do outro lado, a demanda dos consumidores segue bastante ativa, equilibrando o ritmo dos negócios”.
Nesta quarta-feira (06), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) ao longo de outubro alcançou 6.406.204,6 toneladas. O volume representa apenas 75,82% do total exportado no mesmo mês do ano passado, que ficou em 8.448.437,7 toneladas.
A média diária de embarques nestes 22 dias do mês ficou em 291.191,1 toneladas, representando queda de 24,2% com relação a média diária embarcadas de outubro do ano anterior, em ficou em 402.306,6 toneladas.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro começaram o pregão desta quarta-feira em baixa, mas ganharam força ao longo do dia e encerraram as atividades contabilizando movimentações positivas.
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,26 com valorização de 7,75 pontos, o março/25 valeu US$ 4,39 com ganho de 7,00 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,45 com alta de 6,75 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,49 com elevação de 6,00 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 1,85% para o dezembro/24, de 1,62% para o março/25, de 1,54% para o maio/25 e de 1,35% para o julho/25.
Segundo informações do Analista da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o Presidente Donald Trump deve dar continuidade nos Estados Unidos ao aumento da mistura de etanol de milho na gasolina, o que deve estimular os preços do grão em Chicago.
“Isso cria um ambiente favorável para o setor. Os Estados Unidos são o maior produtor de milho do mundo, o maior produtor de etanol e tem capacidade de produzir mais. Isso é um sinal positivo para o milho e já está dando fôlego”, destaca Brandalizze.
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