Hedgepoint aponta tendência de alta para o açúcar; cotações sobem nesta 4ª feira (30)

Publicado em 30/10/2024 16:42
Análises destacam quedas nas estimativas de produção no Centro-Sul do Brasil

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Os preços futuros do açúcar fecharam com altas nas bolsas de Nova York e Londres nesta quarta-feira (30). Segundo a analista de açúcar e etanol da Hedgepoint Global Markets, Lívea Coda, há agora uma perspectiva mais altista para as cotações do adoçante, sobretudo por conta das estimativas de produção o Brasil.

“Desde abril, as estimativas de produção para a região Centro-Sul foram rebaixadas devido a condições climáticas adversas e ocorrências de incêndios. Embora se espere que o Hemisfério Norte se recupere, sua produção ainda ficará aquém dos níveis históricos. Assim, espera-se que os fluxos comerciais sofram uma pressão significativa entre o quarto trimestre de 2024 e o primeiro trimestre de 2025, contribuindo para uma tendência de alta no curto e médio prazo”, afirmou Coda em balanço divulgado pela Hedgepoint na última terça-feira (29).

Nesta quarta-feira, o Rabobank apresentou relatório com perspectivas para o mercado. Segundo o banco holandês, o estresse hídrico já trazia uma redução da safra brasileira de cana-de-açúcar e as queimadas nas áreas de lavoura foram decisivas para chamar a atenção do mercado.

“Com as revisões para baixo na produção de açúcar no Centro-Sul em 2024/25, e a perspectiva de uma entressafra longa, o balanço entre disponibilidade de açúcar para exportação e demanda para importações no 1º trimestre de 2025 parece cada vez mais apertado”, destacou Rabobank.

Assim, nesta terça-feira, em Nova York, o contrato março/25 subiu 0,14 cents (+0,63%), sendo cotado a 22,22 cents/lbp. O maio/25 avançou 0,12 cents (+0,59%), fechando a 20,57 cents/lbp. O julho/25 teve uma alta de 0,10 cents (+0,51%), negociado a 19,66 cents/lbp, enquanto o outubro/25 subiu 0,08 cents (+0,41%), fechando o dia a 19,39 cents/lbp.

Na Bolsa de Londres, o dezembro/24 registrava um ganho de US$ 5,70 (+1,01%), fechando a US$ 569,90 por tonelada. O março/25 avançou US$ 5,40 (+0,94%), cotado a US$ 576,90 por tonelada. O maio/25 subia US$ 5,20 (+0,92%), chegando a US$ 569,00 por tonelada, enquanto o agosto/25 teve uma alta de US$ 3,90 (+0,71%), finalizando a US$ 551,10 por tonelada.

Mercado interno

Conforme o que mostra o indicador Cepea Esalq, o açúcar cristal branco, em São Paulo, teve alta de 1,55% e passou a ser cotado em R$ 160,03/saca . O açúcar cristal em Santos (FOB) tem valor de R$ 157,29/saca, após valorização de 0,98%. O cristal empacotado, em São Paulo, permanece em R$ 16,1799/5kg, o refinado amorfo segue cotado em R$ 3,6127/kg e o VHP permanece com preço de R$ 112,81/saca.

Em Alagoas, também com base no que mostra o indicador Cepea Esalq, o preço do açúcar está em R$ 157,28/saca. Na Paraíba, a cotação é de R$ 158,25/saca. Em Pernambuco, o adoçante vale R$ 151,57/saca.

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Por:
Igor Batista
Fonte:
Notícias Agrícolas

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