Conselho da Petrobras aprova continuidade de implantação de fábrica de fertilizantes no MS

Publicado em 25/10/2024 17:26 e atualizado em 25/10/2024 18:09

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Por Patricia Vilas Boas e Marta Nogueira

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) -A Petrobras informou nesta sexta-feira que seu conselho de administração aprovou a retomada das obras de construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), em Três Lagoas (MS), com investimentos previstos de 3,5 bilhões de reais.

Com a decisão, a companhia prevê que a fábrica -- cujas obras estavam paralisadas desde 2015 -- entre em operação em 2028, segundo comunicado enviado ao mercado pela empresa.

A companhia destacou que a decisão foi tomada após "criteriosa reavaliação", acrescentando que teve sua "atratividade econômica confirmada".

"Com a decisão, o projeto passa a integrar a carteira em implantação do Plano Estratégico vigente e a Petrobras dará início aos processos de contratação para retomada das obras da Unidade", afirmou a Petrobras no comunicado.

A Petrobras tentou por anos, em governos passados, vender o projeto de Três Lagoas e outros ativos semelhantes para se concentrar na produção de campos de petróleo de alta rentabilidade, mas vem retomando os investimentos nos últimos trimestres, de forma a atender uma demanda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O projeto da UFN-III prevê a produção anual de cerca de 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil de toneladas de amônia e está próximo aos principais mercados consumidores destes produtos, segundo a Petrobras. A unidade atenderá majoritariamente os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo, adicionou.

"A localização estratégica traz mais confiabilidade em relação às alternativas de suprimento deste mercado, cuja demanda por ureia fertilizante apresenta tendência de crescimento", disse a Petrobras.

A aprovação ocorre enquanto a Petrobras se prepara para apresentar no próximo mês seu plano estratégico para o período de 2025 a 2029.

(Reportagem de Patricia Vilas Boas e Marta NogueiraEdição de Alexandre Caverni)

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Fonte:
Reuters

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