Plano Recupera Rural RS reúne entidades em Porto Alegre para construção de proposta
Em uma oficina realizada nestas quarta e quinta-feira (23 e 24/10), na Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, representantes da Embrapa e da Emater/RS-Ascar dedicaram-se à elaboração de um novo plano de ação para a recuperação ambiental e produtiva do Estado, após as enchentes de maio.
Na abertura do evento, houve a apresentação das ações da Plataforma de Pesquisa Colaborativa da Região Sul, pela Rede Embrapa. A seguir, as entidades fizeram a exposição do que estão fazendo e do que podem fazer. No segundo dia, ocorreram discussões e encaminhamentos, gerando a construção coletiva de propostas para o Plano Recupera Rural RS, a serem divulgadas em breve.
Ainda no primeiro dia, o presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz, agradeceu pela parceria no trabalho intenso que vem sendo desenvolvido em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “Estamos aqui hoje com a equipe da Emater/RS-Ascar para poder interagirmos e dizer a vocês que a Extensão Rural tem na sua essência o desenvolvimento rural sustentável. Está na nossa missão. Nós precisamos, juntos, encontrar estratégias, ferramentas de difusão e também de convencimento dos nossos agricultores, para que possamos levar, junto com todo esse aporte tecnológico, a necessidade da sustentabilidade dos nossos sistemas produtivos”, disse. Ao mesmo tempo, agregou que a rentabilidade é o que gera qualidade de vida no campo e na cidade.
Schwerz lembrou ainda que o estado do RS está organizando e planejando ações de reconstrução através do Plano Rio Grande, junto às secretarias de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Desta forma, serão investidos recursos para organizar e implementar unidades de referência. “Nosso grande objetivo é fazer com que o conhecimento, a ciência gerada pela Embrapa, pelos meios de pesquisa, possa chegar até o agricultor de forma rápida, objetiva, e que se tenha o resultado cada vez mais visível, para que mais pessoas possam compreender e aderir a estas boas práticas agrícolas que levam ao melhor manejo e conservação do solo e da água”, afirmou.
QUADRO DE PERDAS E AÇÕES DE RECUPERAÇÃO
As enchentes de maio deste ano deixaram estragos em 456 municípios gaúchos, considerando os registros de perdas elaborado pela Emater/RS-Ascar. Neste universo, 95 municípios tiveram decreto de calamidade e 340 municípios decretaram emergência.
Estes dados fazem parte do Relatório de Perdas, construído pelo trabalho de extensionistas no estado inteiro, após uma primeira etapa de ação para garantir a sobrevivência e a acolhida dos atingidos. Após maio, a Emater/RS-Ascar passou a se dedicar na recuperação emergencial do campo. Na fase atual, o objetivo é construir ações permanentes de adaptação, mitigação e resiliência.
Na oficina desta semana, o diretor Técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, apresentou as ações de Aters e os propósitos que constam no Plano Plurianual do Governo do Estado, conectados a quatro macroproblemas: Baixa produtividade do campo, Precariedade da infraestrutura, Controle de sanidade e Vulnerabilidade social.
A partir desses, a Emater/RS-Ascar estabeleceu no seu planejamento institucional 11 focos estratégicos, com atenção especial ao enfrentamento das vulnerabilidades climáticas, a geração de renda, o abastecimento alimentar, os aspectos de juventude e de sucessão familiar e os desafios da Extensão Rural e da pesquisa agropecuária, caminhando em conjunto. “É para fazer as melhores entregas dos serviços que são prestados”, afirmou.
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