Queda da inflação no Reino Unido estimula apostas de corte nos juros e dá alívio a ministra das Finanças

Publicado em 16/10/2024 07:32

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Por Andy Bruce e William Schomberg

(Reuters) - A inflação britânica desacelerou acentuadamente no mês passado e as medidas de preços monitoradas pelo Banco da Inglaterra também caíram, reforçando as apostas em um corte na taxa de juros em novembro e ajudando a ministra das Finanças, Rachel Reeves, antes de seu primeiro orçamento.

A inflação anual dos preços ao consumidor diminuiu para 1,7% em setembro, de 2,2% em agosto, a menor leitura desde abril de 2021, impulsionada pela redução dos preços das passagens aéreas e da gasolina, informou o Escritório de Estatísticas Nacionais.

A expectativa em pesquisa da Reuters com economistas era de uma leitura de 1,9%.

Os contratos futuros de juros mostravam que os investidores estavam colocando 90% de chance em dois cortes de 25 pontos base na taxa de juros até o final deste ano, contra cerca de 80% na terça-feira.

"A divulgação de hoje remove outro obstáculo em potencial para que o Comitê de Política Monetária vote por um corte de 25 pontos na taxa de juros em sua reunião de novembro", disse Martin Swannell, economista-chefe da consultoria EY ITEM Club.

"A principal questão agora é se o comitê intensificará o ritmo dos cortes nas reuniões subsequentes, e esse cenário provavelmente exigiria mais boas notícias sobre o crescimento dos salários e da inflação."

Dados divulgados na terça-feira mostraram que os salários britânicos cresceram em seu ritmo mais lento em mais de dois anos nos três meses até agosto e as vagas caíram novamente.

O Ministério das Finanças do Reino Unido comemorou a queda da inflação, o que oferece um cenário útil para Reeves enquanto ela prepara seu primeiro orçamento, previsto para 30 de outubro.

Um cenário menos inflacionário melhoraria ligeiramente a perspectiva econômica e fiscal para o orçamento, no momento em que Reeves luta para encontrar dinheiro extra para investir em serviços públicos e nova infraestrutura sem assustar os investidores.

O núcleo da inflação, que exclui energia, alimentos, álcool e tabaco, desacelerou para 3,2%, de 3,6% em agosto.

A inflação de serviços - que o Banco da Inglaterra considera como o indicador mais importante da pressão de preços gerada internamente - caiu para o seu nível mais baixo desde maio de 2022, a 4,9% em setembro de 5,6% em agosto.

No entanto, a queda refletiu o recuo nas tarifas aéreas, que são um componente volátil da cesta de inflação - algo que o banco central levará em consideração no próximo mês.

(Reportagem de Andy Bruce, gráfico de Sumanta Sen)

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Fonte:
Reuters

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