Milho ganha força do trigo e do petróleo para fechar 2ªfeira com altas em Chicago
A segunda-feira (07) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 67,00 e R$ 72,01.
O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 67,00 com desvalorização de 1,49%, o janeiro/25 valeu R$ 70,37 com baixa de 0,90%, o março/25 foi negociado por R$ 72,01 com queda de 0,39% e o maio/25 teve valor de R$ 70,67 com perda de 0,10%.
A análise da Agrinvest destaca que, apesar de um dólar levemente mais alto no câmbio brasileiro, o programa de exportação de milho segue fraco, impactado pelos problemas logísticos nos portos do Arco Norte e pelos altos custos de reposição pelas tradings.
Nesta segunda-feira (07), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) até este momento em outubro alcançou 1.093.589,2 toneladas. O volume representa 12,94% do total exportado no mesmo mês do ano passado, que ficou em 8.448.437,7 toneladas.
A média diária de embarques nestes 4 primeiros dias do mês ficou em 273.397,3 toneladas, representando queda de 32% com relação a média diária embarcadas de outubro do ano anterior, em ficou em 402.306,6 toneladas.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um primeiro dia da semana positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Não-Me-Toque/RS, Nonoai/RS, Sorriso/MT, Dourados/MS e Porto Paranaguá/PR.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, o movimento de alta nos preços do milho tem se intensificado neste começo de outubro, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas-SP) voltando a operar nos patamares nominais de janeiro/24.
“O impulso vem da retração de produtores. Esses agentes limitam o volume ofertado no spot, na expectativa de novas valorizações. Entre os fundamentos, estão possíveis impactos do clima quente e seco, sobretudo no Centro-Oeste, que atualmente está semeando a safra verão. Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que parte dos consumidores busca recompor os estoques, mas acaba esbarrando nos maiores preços pedidos por produtores”, dizem os pesquisadores do Cepea.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro começaram o dia recuando, mas ganharam força ao longo do pregão desta segunda-feira e encerraram as atividades do dia contabilizando movimentações positivas.
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,26 com elevação de 1,25 pontos, o março/25 valeu US$ 4,42 com alta de 1,00 ponto, o maio/25 foi negociado por US$ 4,51 com ganho de 1,00 ponto e o julho/25 teve valor de US$ 4,56 com valorização de 1,50 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (04), de 0,29% para o dezembro/24, de 0,23% para o março/25, de 0,22% para o maio/25 e de 0,33% para o julho/25.
Segundo informações do Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os contratos futuros do milho acompanharam os do trigo em alta na Bolsa de Chicago desta segunda-feira.
Além do trigo, as cotações do cereal também tiveram apoio positivo do petróleo, que subiu neste início de semana e trouxe juntos outros combustíveis, influenciando nas precificações do etanol.
Por fim, Brandalizze destaca também que a ausência de chuvas para o plantio da safra de soja 2024/25 no Brasil também é fator de sustentação para o milho, já que pode haver redução na janela de plantio da segunda safra brasileira, o que disponibilizaria menos milho ao mercado internacional em 2025.
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