Números do USDA acima do esperado trazem perdas para o milho em Chicago nesta 3ªfeira

Publicado em 24/09/2024 16:45
B3 fecha pregão em campo misto e próxima da estabilidade

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A terça-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações próximas da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 68,20 e R$ 71,85. 

O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 68,20 com alta de 0,13%, o janeiro/25 valeu R$ 70,83 com queda de 0,10%, o março/25 foi negociado por R$ 71,85 com ganho de 0,06% e o maio/25 teve valor de R$ 70,40 com baixa de 0,49%. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais altas do que baixas neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente no Porto de Santos/SP, mas percebeu valorizações em Sorriso/MT, Rio Verde/GO, Itapetininga/SP e Campinas/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira 

De acordo com a análise da Agrinvest, os futuros do milho operaram acompanhando a virada para baixo do cereal na Bolsa de Chicago. 

“Ontem o cereal registrou forte valorização, sustentado pelas preocupações com o clima quente e seco em quase todo o Brasil, que está atrapalhando o plantio da soja e continuidade da semeadura do milho safra de verão. Muitos produtores já comentam da elevação no risco de atraso do plantio da safrinha 2025, o que pode refletir em corte de área destinada ao cereal, e trazer sustentação aos preços no médio e longo prazo”, aponta a consultoria. 

A SAFRAS & Mercado aponta que, o fator oferta segue apontando para uma tendência altista fraca tanto no curto quanto no médio prazo para o milho, por conta do quadro mais ajustado de abastecimento interno no segundo semestre deste ano. Para o longo prazo, o fator oferta trabalha com uma tendência altista média, uma vez que houve um corte na estimativa de área cultivada na safra verão de cereal. 

Segundo o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, “diante do bom volume de exportação registrado pelo Brasil no segundo semestre, o mercado de milho segue com uma tendência altista fraca para o curto e médio prazo. Já para o longo prazo, no mercado interno é esperada uma tendência altista média, pois a área menor no Brasil pode deixar o primeiro semestre de 2025 mais especulativo e com um risco de desabastecimento interno”. 

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro até abriram o pregão desta terça-feira estendendo os ganhos do dia anterior na Bolsa de Chicago (CBOT), mas foram perdendo força ao longo do dia e finalizaram as atividades com leves recuos. 

O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,11 com desvalorização de 1,75 pontos, o março/25 valeu US$ 4,30 com perda de 1,00 ponto, o maio/25 foi negociado por US$ 4,41 com baixa de 1,25 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,47 com queda de 1,25 pontos. 

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (23), de 0,42% para o dezembro/24, de 0,23% para o março/25, de 0,28% para o maio/25 e de 0,28% para o julho/25. 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho sofreram um modesto revés técnico depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) relatou condições estáveis de safra, apesar dos analistas esperarem ver um declínio de um ponto 

“Sessenta e cinco por cento das lavouras de milho ainda estão classificados em condições boas a excelentes. Analistas esperavam ver um declínio de um ponto, enquanto isso. Outros 23% da safra são classificados como razoáveis (inalterados em relação à semana passada), com os 12% restantes classificados como ruins ou muito ruins”, destaca a publicação. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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