China participará de exercícios militares no Brasil que terão tropas dos EUA

Publicado em 10/09/2024 17:47 e atualizado em 11/09/2024 07:12

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BRASÍLIA (Reuters) - Tropas chinesas participarão pela primeira vez de exercícios anuais realizados pelas Forças Armadas do Brasil nesta semana, que também incluirão forças dos EUA, segundo a Marinha brasileira.

O porta-voz do Pentágono, major Pete Nguyen, disse, no entanto, que as forças dos EUA e da China não estarão treinando juntas nos exercícios da "Operação Formosa" do Brasil.

"Embora a RPC também esteja presente no exercício, as tropas dos EUA não estarão treinando ao lado ou com a RPC", disse Nguyen. A RPC, ou República Popular da China, é o nome oficial do país.

A China enviou observadores no ano passado, mas terá tropas efetivas neste ano, disse a Marinha, que coordena os exercícios da Operação Formosa, em um comunicado, acrescentando que as tropas dos EUA participaram em 2023.

"Na Operação Formosa 2024 temos pela primeira vez a participação de parcelas de tropa constituída de ambas nações amigas", afirmou a Marinha sobre as duas superpotências presentes este ano. Ela não detalhou o tamanho de seus contingentes.

As Forças Armadas brasileiras movimentarão 3.000 soldados para os exercícios de três dias que começam na quarta-feira, e eles treinarão usando aeronaves, tanques, veículos blindados e anfíbios, artilharia e lançadores de mísseis e foguetes.

Os exercícios, que usam munição real, são realizados nos arredores da cidade de Formosa, localizada 80 kms a nordeste de Brasília.

Os militares convidados participam de workshops para trocar experiências, segundo a Marinha, e observadores de oito países acompanharão os exercícios, incluindo Argentina, França, Itália, Paquistão e África do Sul.

Nguyen, do Pentágono, disse que os fuzileiros navais dos EUA estarão na Operação Formosa apenas para treinar com seus parceiros brasileiros.

"Ao trabalhar lado a lado com nossos parceiros brasileiros, estamos aprimorando nossa capacidade coletiva de responder aos desafios de segurança regional", disse ele.

(Reportagem de Anthony Boadle; reportagem adicional de Phil Stewart, em Washington)

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Fonte:
Reuters

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