Valorização do real e tempo seco no Brasil sustentam cotações e café fecha dia em alta
Os preços futuros do café encerraram esta segunda-feira (19) com leves altas de até 45 pontos. Com leves oscilações durante o dia, as cotações encontraram suporte positivo na valorização do real em relação ao dólar e diante da condição de tempo seco sobre o Brasil em locais que concentram a maior parte da produção cafeeira do país.
Na Bolsa de Nova York, o contrato setembro/24 encerrou o dia com alta de 45 pontos, negociado em 245,9 cents/lbp. O dezembro/24 ganhou 25 pontos e passou para 244,35 cents/lbp. O março/25 teve leve alta de 5 pontos e fechou a 241,65/cents lbp. O maio/25 terminou a sessão com valor de 239,4 cents/lbp, aumento de 25 pontos.
Segundo o Barchart, “as condições secas no Brasil são otimistas para os preços do café devido à possibilidade de floração prematura dos cafeeiros e redução da produtividade da safra de café 2024/25 do Brasil. A Cooxupé, a principal cooperativa de café do Brasil, disse que os cafeeiros continuam estressados, pois várias regiões produtoras de café no Brasil não tiveram chuva significativa nos últimos 120 dias”.
Além disso, desvalorização do dólar em relação ao real registrada nesta segunda-feira também é fator de alta para os preços do arábica. “O real subiu na segunda-feira para uma alta de 5 semanas em relação ao dólar, desencorajando as vendas de exportação dos produtores de café do Brasil”, informou o Barchart.
Robusta também encerra dia em alta
Em relação ao robusta, a Bolsa de Londres terminou o dia também com altas. O contrato setembro/24 fechou negociado em US$ 4.708/tonelada, aumento de US$ 43. O novembro/24 teve valorização de US$ 24 e passou para US$ 4.476/tonelada. O janeiro/25 foi a US$ 4.294/tonelada, após uma alta de US$ 16. O março/25 acabou a sessão com valor de US$ 4.133/tonelada, ganho de US$ 18.
Conforme apontou a Reuters, os revendedores disseram que as exportações do maior produtor de robusta, o Vietnã, continuaram abaixo dos níveis do ano passado, fator que é positivo para os preços.
Ainda segundo a Reuters, os revendedores afirmaram que estão com dificuldades para tirar as exportações brasileiras de robusta do porto de Vitória, que está operando no seu limite de capacidade em relação à movimentação de contêineres. O Brasil tem suprido parte da demanda global por robusta, enquanto as exportações vietnamitas permanecem limitadas.
Mercado físico
No mercado físico, o café arábica tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,84% em Gaxupé/MG, chegando a R$ 1.436/sc de 60kg. A Média Rio Grande do Sul teve aumento de 4,68% e chegou a R$ 1.455/sc. Machado/MG teve desvalorização de 0,69% e foi a R$ 1.440/sc, assim como Campos Gerais/MG, que caiu para o mesmo valor. Em Franca/SP a queda foi de 1,35, a comercializado em R$ 1.460/sc.
O café cereja descascado subiu 2,51% em Guaxupé/MG e foi a R$ 1.509/sc. Em Campos Gerais/MG, a baixa foi de 0,66%, comercializado por R$ 1.500/sc. Os preçoos em demais localidades permaneceram sem variação.
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