Dólar sobe pelo 2º dia sob influência externa e se reaproxima de R$5,50
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - Após os recuos mais recentes, o dólar subiu pela segunda sessão consecutiva nesta quinta-feira no Brasil, se reaproximando dos 5,50 reais, com as cotações acompanhando a alta da moeda norte-americana ante a maior parte das demais divisas no exterior após a divulgação de dados positivos sobre a economia norte-americana.
O dólar à vista fechou em alta de 0,28%, cotado a 5,4842 reais. Em agosto, porém, a moeda norte-americana ainda acumula baixa de 3,03%.
Às 17h04, Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,28%, a 5,4945 reais na venda.
A divisa dos EUA oscilou em margens estreitas nesta quinta-feira, ora em alta, ora em baixa, sem que surgissem notícias que pudessem justificar um movimento mais firme em relação ao real.
“Podemos dizer que é mais do mesmo em relação às pautas que têm feito preço nas últimas semanas e meses. Mas o mercado (está) reagindo ‘em cima do lance’ a cada novo indicador”, avaliou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo.
No início da sessão, os dados de maior destaque vieram dos EUA. O Departamento do Comércio informou que as vendas no varejo norte-americano aumentaram 1,0% em julho, após a queda revisada para baixo de 0,2% em junho.
O resultado foi bem melhor que o esperado pelo mercado. Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas no varejo, que são em sua maioria mercadorias e não são ajustadas pela inflação, avançariam 0,3%.
Já o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego estaduais caíram em 7.000, para 227.000, com ajuste sazonal, na semana encerrada em 10 de agosto. Economistas previam 235.000 pedidos para o período.
Os números do varejo e do mercado de trabalho sugeriram que a economia dos EUA segue forte, o que deu força aos rendimentos dos Treasuries e ao dólar ante boa parte das demais divisas. Após a divulgação dos dados o dólar se aproximou dos 5,49 reais no Brasil.
No início da tarde, porém, a moeda norte-americana oscilava em queda ante o real, com a moeda tentando retomar os ajustes de baixa mais recentes. O movimento, no entanto, tinha força limitada, mesmo porque o dólar seguiu em alta firme no exterior.
Operador ouvido pela Reuters ponderou que o avanço forte dos rendimentos dos Treasuries de dez anos -- referência global de investimentos -- era o principal fator de sustentação para a moeda norte-americana.
Assim, após marcar a cotação mínima de 5,4496 reais (-0,36%) às 12h37, o dólar à vista atingiu a máxima de 5,4955 reais (+0,48%) às 15h32, em sintonia com o exterior.
Às 17h13, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,41%, a 103,020.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2024.
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