Exemplo de encadeamento produtivo, suinocultura de MS terá a 1ª central de sêmen suíno que inaugura em novembro
A suinocultura sul-mato-grossense que possui elevado padrão de produção e sustentabilidade e é exemplo de encadeamento produtivo, está prestes a atingir um novo patamar na genética suína. A primeira unidade de produção de sêmen suíno de Mato Grosso do Sul, que está sendo contruída a 30 km de Campo Grande, na rodovia MS-040, será inaugurada em novembro. O investimento de R$ 50 milhões está sendo desenvolvido pela Agroceres PIC e que terá capacidade de atender 120 mil matrizes suínas/ano. A atualização do empreendimento foi feita pelo diretor-superintendente da Agroceres PIC, Alexandre Furtado da Rosa e o gerente de produção Nevton Hector Brun, durante visita ao estande do Governo do Estado, na SIAVS2024 (Salão Internacional de Proteína Animal), realizado na semana passada em São Paulo. Na ocasião os empresários foram recebidos pelo secretário Jaime Verruck, o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Beretta e o gestor de suinocultura Rômulo de Freitas Gouveia Jr.
De acordo com o diretor da Agroceres PIC, Alexandre Furtado, com a expansão da suinocultura sul-mato-grossense em novos projetos e iniciativas do Governo, a empresa achou que era o momento de construir uma central de inseminação artificial para fornecer sêmen ao invés de reprodutores dentro de MS. A ideia é atender Mato Grosso do Sul e o vizinho Mato Grosso.
“O projeto começou grande com 850 reprodutores, podendo até crescer no futuro, dependendo da adesão. Achamos uma área na 040 a 30 km de Campo Grande para instalar a central. A obra está em construção deve ser inaugurada na última semana de novembro. Aí entramos com os reprodutores em dezembro e a partir de fevereiro começamos a produçãao de sêmen com a capacidade acima de um milhão de doses por ano”, salientou.
A meta, segundo Furtado, é fazer o atendimento de novos projetos. “É uma solução para o produtor que fica apenas na produção de animais. Não precisa ter laboratório, ter machos para coletar. Hoje uma central com menos de 250 a 300 machos ela fica um pouco inviável para o suinocultor, então a nosso projeto supre esta necessidade”, complementa. Outro diferencial do empreendimento é que a central é a primeira no País, a atender as novas normativas de bem estar animal. “Na central os suínos não ficarão em gaiolas, mas sim em baias de seis metros quadrado. Isso é muito importante pois todos nossos clientes têm compromisso de sustentabilidade animal”, pontuou.
Com relação aos projetos de suinocultura no Estado, Moraes destaca a Aurora que está ampliando o abate em São Gabriel do Oeste, para 5,5 mil suínos por dia. “A Aurora era uma empresa muito focada no mercado doméstico e vem crescendo as exportações e atingindo os mercados premium antes das concorrentes dela, tipo o Japão. Isso é muito positivo, porque Japão é um mercado difícil de entrar, mas uma vez que você entrou, eles vão te dando mais espaço. E a Aurora fez um ótimo trabalho, para o Canadá também, ela tem uma exportação para aquele país”, acrescentou.
A Agroceres também lembrou a parceria com as cooperativas afiliadas no MS. “Temos a Cooasgo, a Coperdia e a Alfa, todas têm alvos de crescimento para atender esse abate a mais que vai ter em São Gabriel do Oeste. E as três são parceiras nossas. A maior é a Cooasgo, onde temos uma multiplicadora. Essa multiplicadora funciona como uma filial em MS”, afirmou.
Outro projeto de expansão que está no radar da empresa é uma nova granja em Rio Negro que terá a produção de duas mil fêmeas.
Ambientação de negócios
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck destacou que essa será a primeira unidade produtora de sêmen suíno no Centro-Oeste e uma das maiores do país. “Este empreendimento completa todo o encadeamento produtivo da suinocultura em Mato Grosso do Sul. Um conceito que o Governo do Estado vem trabalhando para realizar nos últimos anos. Com este projeto, o MS que já é referência nacional na produção de proteína animal, eleva seu padrão no mapa da genética suína”, ressalta Verruck.
Ele ressalta a importância da participação do Governo do Estado eventos como a SIAVS para captar empreendimentos, focado numaa visãao de melhoria da ambientação dos negócios.”Vale lembrar que este emprreendimento foi captado durante a participação num SIAVS e hoje se torna realidade. Esta participação mostra que além dos produtos e potencialidades, levamos segurança jurídica para quem deseja empreender aqui. O Governo de MS representa esta segurança do empresário, essa relação direta que ele consegue no Governo”, finalizou.
Suinocultura em números
No primeiro trimeste de 2024, foram 652.664 cabeças de suínos abatidos no Estado, segundo dados do IBGE, e alcança o 7º lugar no ranking de abates. No primeiro semestre do ano, as exportações de Mato Grosso do Sul somaram US$ 21.038,592,00, correspondentdo a 11,8 mil toneladas, o que representa 1,64% do total de exportações brasileiras no período, o que coloca o Estado como 6º no ranking de comércio exterior.
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