Soja desaba 4% nesta 6ª feira em Chicago, acompanhando perdas agressivas do óleo, farelo e grãos
O mercado da soja fechou a sessão desta sexta-feira despencando expressivos 4% na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa lideraram as baixas no mercado de grãos, com milho, trigo e derivados de soja também concluindo o dia com baixas agressivas. Com as perdas deste pregão, o mercado devolveu o que subiu durante a semana e ainda perdeu um pouco mais. Com isso, o contrato agosto fechou com US$ 10,71 e o novembro, referência para a safra americana e o contrato mais negociado agora, com US$ 10,46 por bushel.
Os futuros do milho e do trigo perderam mais de 2%, enquanto o farelo perdeu mais de 1,5% e o óleo de soja, mais de 5%. "Com essa baixa, o óleo testou seus menores patamares em três anos e meio", afirma a equipe da Agrinvest Commodities.
"O ponto negativo vem da política ambiental dps EUA. Segundo alguns documentos, a Suprema Corte norte-americana concedeu novo waiver para as pequenas refinarias que não cumpriram com os percentuais obrigatórios nos últimos anos. A decisão pode levar a continuidade da não-mistura por parte destas pequenas refinarias durante este ano de 2024 e, no futuro, reduzindo portanto a demanda por óleo de soja", detalhou a consultoria.
Além disso, as baixas do petróleo também provocaram parte das perdas dos óleos vegetais. As perdas tanto no WTI, quanto no brent se aproximaram de 2% na sessão desta sexta, sentinda a pressão de uma menor demanda chinesa e também as especulações sobre a possibilidade de um cessar-fogo entre Israel e Hamas.
No caso da soja, segundo explica o time da Agrinvest Commodities, a pressão vem de, mais uma vez, uma combinação de fatores, com a greve prevista para a Argentina não se confirmando - o que pressiona as cotações dos derivados - os modelos climáticos sinalizando melhores para o Meio-Oeste americano nos próximos dias, a queda forte do petróleo e uma piora das margens de esmagamento na China.
Outro ponto de pressão sobre o óleo, como informou a Agrinvest, foi "a recente queda nos preços do óleo de palma da Malásia, que trouxe uma melhora no ritmo das exportações do derivado. Entre 1º e 25 de julho, as exportações de óleo de palma cresceram 31% em relação ao mesmo período do ano passado, o que reduz a demanda por óleo de soja".
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