Soja zera ganhos registrados mais cedo e volta a operar com leves baixas em Chicago
O mercado da soja zerou os ganhos na Bolsa de Chicago e voltou a recuar na sessão desta quarta-feira (17), testando ligeiras baixas entre os contratos mais negociados. Assim, perto de 14h40 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa cediam entre 0,50 e 2,75 pontos, com o setembro valendo US$ 10,37 e o novembro, US$ 10,40 por bushel. Apenas o agosto ainda subia, com alta de 5 pontos, para US$ 10,95 por bushel.
Os fundamentos continuam no centro das atenções dos traders, em especial as perspectivas de uma safra grande vinda dos EUA, acima de 120 milhões de toneladas. As condições são de tempo mais frio e chuvoso, o que não traz ameaças sérias à safra nova, que possam mudar seu potencial, mas mantêm o mercado em alerta.
"O modelo GFS, gerado nessa manhã, resumidamente indica para domingo, volumes totais de até 65 mm no sudeste americano e nos estados do Delta. No período de 10 dias, acumulados moderados estão previstos para as regiões citadas, além do sudeste do Kansas, leste da planície sul e Ohio. Já no modelo europeu, gerado nessa madrugada, nos próximos 10 dias difere do GFS ao indicar clima seco no Corn Belt, sendo maiores volumes no sudeste americano, no Mississipi e Luisiana", afirma o diretor da Labhoro.
Além dos reajustes depois das últimas e intensas perdas, o mercado na CBOT também se apoia nas notícias de uma demanda chinesa um pouco mais ativa no mercado norte-americano. "Há rumores circulando de que a Sinograin, empresa estatal chinesa, está comprando soja dos EUA, com notícias de compras pra embarque outubro na região do Golfo e PNW (portos do Pacífico)", afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Do mesmo modo, a Agrinvest Commodities complementa trazendo não só as vendas dos EUA para a China, como também do Brasil para a nação asiática, com bons prêmios. "Agora, temos o o Brasil equivalente aos EUA. Por enquanto, quem está comprando soja americana é a Sinograin. As crushers privadas na China continuam comprando no Brasil, mas eu diria que começarão a dividir suas compras", afirma Eduardo Vanin, analista de mercado da consultoria.
No entanto, apesar dos fundamentos serem bastante fortes agora, o mercado também não deixa de acompanhar o cenário político, em especial a possibilidade cada vez mais próxima de uma vitória de Donald Trump na disputa pela Casa Branca, o que poderia deixar também mais próxima uma nova rodada da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
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