Embarques do Brasil mostram necessidade mundial por café e preços avançam mais de 2%
A quinta-feira (11) começou com novos avanços significativos para os preços do café nos terminais internacionais. Nas primeiras horas da manhã, os contratos chegaram a ultrapassar 250 cents/lbp.
Por volta das 09h24 (horário de Brasília), setembro/24 tinha alta de 495 pontos, negociado por 248,65 cents/lbp, dezembro/24 tinha alta de 515 pontos, valendo 246,40 cents/lbp, março/25 tinha valorização de 515 pontos, cotado por 243,75 cents/lbp e maio/25 tinha alta de 485 pontos, valendo 240,65 cents/lbp.
Em Londres, o robusta voltou a ganhar mais de US$ 100 por tonelada. Setembro/24 tinha alta de US$ 127 por tonelada, negociado por US$ 4604, novembro/24 tinha alta de US$ 111 por tonelada, cotado por US$ 4422, janeiro/25 avançava US$ 97 por tonelada, negociado por US$ 4222 e março/25 tinha alta de US$ 83 por tonelada, valendo US$ 4055.
As cotações avançam mesmo depois do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) informar que o país embarcou 47,3 milhões de sacas de café na safra 2023/24, o que representa alta de 33% em relação ao ciclo anterior.
De acordo com Lúcio Dias, embarques expressivos do Brasil comprovam a necessidade do mundo por café e principalmente mostra os problemas enfrentados em outras origens produtoras, que registraram avanço de 35% no período.
"A robustez dos embarques significa que o mundo precisa de café. Os fundos estão comprados e por enquanto não irão sair da posição e contrapartida, a indústria está sem cobertura e com poucos fornecedores, só os fundos e a safra brasileira", afirma o analista em mercado de café e agronegócio.
A safra brasileira é mais rápida e apesar das dúvidas em relação ao rendimento, os trabalhos continuam andando sem grandes problemas no campo. Nas demais origens, no entanto, o cenário não é diferente: ainda existe muitas perguntas sem repostas em relação à produção em importantes origens.
O Brasil segue abastecendo grande parte do mercado internacional e com as mudanças climáticas alterando o ritmo de produção, abastece também outros importantes países produtores de café.
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