Índice CEAGESP variou -4,87% em junho
O índice de preços CEAGESP encerrou o mês de junho com variação de -4,87% ante uma variação de -3,15% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o índice apresentou variação de -3,69%. Com o resultado obtido, o índice encerrou o período apresentando um acumulado de 4,11% no ano e 23,34% em 12 meses.
Assim como em 2023, todos os setores analisados encerraram o mês de junho apresentando variações negativas de preços, contribuindo para que o Índice CEAGESP permanecesse em ritmo de desaceleração. Neste contexto, o destaque ficou com o setor de Diversos, que acabou registrando a maior redução de preço no período devido à melhora nas condições meteorológicas, como redução do calor intenso e no volume de chuvas, o que favoreceu o plantio e a colheita dos produtos e, por conseguinte, contribuindo para o desenvolvimento de boas safras nas regiões produtoras.
Setorização
O setor de FRUTAS variou -5,90% ante uma variação de -3,94% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -2,34%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -1,48% no ano e de 24,32% em 12 meses. Dos 48 itens cotados nesta cesta de produtos, 48% apresentaram reduções de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de MAMÃO HAVAÍ (-51,28%), MELANCIA (-32,68%), MARACUJÁ AZEDO (-31,50%), BANANA PRATA SP (-23,24%) e MAMÃO FORMOSA (-22,11%). As principais altas ocorreram nos preços de KIWI GOLD IMP. NOVA ZELÂNDIA (+83,76%), PITAIA (+56,46%), GRAVIOLA (+38,02%), MARACUJÁ DOCE (+24,13%) e JACA (+18,47%).
A redução do volume de chuvas nas regiões produtoras contribuiu para o aumento no volume de oferta das frutas. Entre os dias de 16 a 22, os mamões Havaí e Formosa apresentavam uma alta, respectivamente, de 35,0% e 14,0% no volume de oferta. O mamão Havaí 12 frutos fechou o mês com cotação média de R$ 2,80/kg enquanto o Formosa de 05 a 09 frutos fechou a R$ 3,75/kg. Nesse mesmo sentido, o ritmo acelerado na colheita da melancia tem favorecido a sua redução de preço no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) e, na comparação com o mesmo período do ano passado, o produto apresentou uma alta de 42,15% no volume de oferta. Deste modo, a melancia graúda (maior que 10 kg) encerrou o período custando, em média, R$ 1,96/kg.
Por outro lado, a alta do dólar tem impactado os preços dos produtos importados. O kiwi Gold importado, por exemplo, encerrou o período custando, em média, R$ 36,13/kg no ETSP. Porém, com safra prevista para ir até meados do mês de outubro, a expectativa é de que as cotações se reduzam à medida que forem sendo registradas maiores entradas do produto. Por ora, este item já apresenta a maior variação de preço nos últimos 12 meses entre os 158 produtos analisados no índice.
O setor de LEGUMES variou -3,47% ante uma variação de -5,06% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -6,11%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de 15,33% no ano e de 26,59% em 12 meses. Dos 32 itens cotados nesta cesta de produtos, 34% apresentaram reduções de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de BETERRABA (-36,67%), CENOURA (-30,72%), PIMENTÃO AMARELO (-20,58%), PIMENTÃO VERDE (-10,31%) e TOMATE CARMEM (-9,73%). As principais altas ocorreram nos preços de QUIABO (+84,96%), ABOBRINHA BRASILEIRA (+47,30%), CHUCHU (+42,65%), JILÓ (+41,90%) e BERINJELA COMUM (+27,45%).
O setor de Legumes iniciou o mês apresentando uma forte alta nos preços devido ao ritmo de amadurecimento mais lento dos produtos, principalmente dos tomates, restringindo a oferta no mercado atacadista. Contudo, ao longo do período, a melhora no amadurecimento dos produtos e, consequentemente, na oferta fez com que os preços fossem se reduzindo gradualmente. O baixo índice pluviométrico e as temperaturas médias mais amenas favoreceram o plantio e a colheita de determinados legumes. A cenoura, por exemplo, apresentou leve alta de 3% no volume de oferta em comparação ao mês passado (até o dia 22/06). Já o tomate Carmem apresentou alta superior a 10% no volume de oferta. Assim, ambos encerraram o período apresentando reduções de preço médio. A cenoura fechou o período a R$ 4,19/kg e o tomate Carmem, a R$ 4,50/kg.
O setor de VERDURAS variou -3,32% ante uma variação de -11,65% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -10,21%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -5,41% no ano e de -1,31% em 12 meses. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 77% apresentaram reduções de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de ALFACE CRESPA (-26,71%), ALFACE AMERICANA (-21,81%), RABANETE (-20,89%), ESPINAFRE (-19,24%) e ALFACE LISA (-18,77%). As principais altas ocorreram nos preços de MILHO VERDE (+44,37%), COENTRO (+30,04%), BRÓCOLOS NINJA (+15,26%), COUVE-FLOR (+9,77%) e CHICÓRIA (+9,72%).
A sazonalidade do período junino, tradicionalmente, é responsável pelo aumento no preço do milho verde, afinal de contas, este é o produto mais demandado nesta época do ano. Na semana que antecedeu as comemorações de São João, o produto registrou o seu maior preço médio para o período no ETSP: R$ 3,70/kg.
Por outro lado, a procura por hortaliças folhosas costuma ser menor nesta época do ano, principalmente para as alfaces. No mercado atacadista, entre os dias 16 e 22, as variedades de maior destaque estavam registrando reduções em seus volumes de oferta. Mesmo assim, a variedade do tipo Crespa fechou o mês sendo cotada a R$ 21,94/ENG com 18 unidades, a Lisa a R$ 24,30/ENG com 18 unidades e a Americana ficou em R$ 27,81/ENG com 12 unidades.
O setor de DIVERSOS variou -2,51% ante uma variação de 11,92% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -0,04%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de 29,56% no ano e de 43,62% em 12 meses. Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 73% apresentaram reduções de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de BATATA ASTERIX (-22,36%), CEBOLA NACIONAL (-5,27%), OVOS DE CODORNA (-5,16%), OVOS BRANCOS (-3,08%) e BATATA ESCOVADA (-2,25%). As principais altas ocorreram nos preços de COCO SECO (+39,52%), ALHO NACIONAL (+2,94%) e BATATA LAVADA (+0,31%).
Após passar por três períodos consecutivos de alta nos preços, o setor de Diversos registrou uma forte desaceleração quando comparado ao mês anterior. Esse recuo nos preços, em parte, provém do ritmo acelerado na colheita das batatas entre as principais regiões produtoras e pela menor demanda do produto registrada no mês de junho. No ETSP, as variedades Lavada, Escovada e Asterix encerraram o período apresentando os preços médios de R$ 6,94/kg, R$ 6,40/kg e R$ 6,05/kg, respectivamente.
As reduções do calor intenso e do volume de chuvas têm favorecido a produção de cebola nas principais regiões produtoras. O produto registrou uma forte alta, de aproximadamente 68%, em seu volume de oferta no ETSP, quando comparado ao mês anterior. Os preços seguem em tendência de queda, mas ainda há margem para maiores reduções. No mercado atacadista, a cebola nacional encerrou o período ao preço médio de R$ 5,05/kg.
O setor de PESCADOS variou -5,45% ante uma variação de -3,35% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -3,48%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -2,49% no ano e de 2,57% em 12 meses. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 43% apresentaram reduções de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de TAINHA (-34,32%), PESCADA BRANCA (-22,64%), PEROÁ BRANCO (-16,34%), SALMÃO IMPORTADO (-14,20%) e POLVO (-10,93%). As principais altas ocorreram nos preços de CURIMBA (+31,75%), ATUM (+20,96%), CAÇÃO AZUL (+10,44%), SARDINHA LAGES (+9,72%) e PESCADA GOETE (+9,27%).
Após registrar três períodos consecutivos de redução nos preços, o setor de Pescados apresentou uma desaceleração ainda mais acentuada em relação ao mês anterior. O aumento em 143 toneladas da oferta de pescados em junho, comparado a maio, aliado à manutenção da demanda no setor, contribuiu para essa terceira queda consecutiva de preços, especialmente após o feriado da Semana Santa. Produtos importantes, como Tainha, Peroá Branco e Salmão, tiveram aumentos de oferta de 108%, 4% e 6,31%, respectivamente, o que contribuiu com a redução do índice mensal para o setor.
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