Ibrafe: Exportadores enfrentam novos desafios este ano
Feijões com mercado firme. O Feijão-rajado tem indicação de alguns raros lotes vendidos a R$ 400 por saca de 60 quilos, mesmo valor para os Feijões-vermelhos. Em Minas Gerais, o Feijão-preto é referenciado a R$ 300, enquanto o Feijão-carioca tem referência de R$ 310, com uma venda reportada até o momento de ate R$ 330.
Enquanto os produtores sofrem com os desafios de pragas e clima outros elos da cadeira produtiva também enfrentam desafios e cada temporada é um problema diferente. As vezes o tempo de transito do Brasil até o destino é longo demais e no meio do caminho o mercado muda e nem sempre o importador lá do outro lado honra o contrato.
Esta vez os exportadores enfrentam um desafio enorme. Problemas de gargalo nos portos brasileiros resultam em containers perdendo embarque, gerando custos extras que não são pequenos. Se não embarca na data do contrato o importador impõe penalidades no preço. No meio do caminho, os armadores decidiram aumentar o valor dos fretes. Assim, exportadores ganham de um lado com o aumento do dólar (se já não estiverem travados em um valor mais baixo), mas perdem do outro lado.
O Brasil ainda está em um período de aprendizado. Enquanto os argentinos estão há mais de 40 anos nesse mercado, nós chegamos há apenas 10 ou 12 anos. Assim como o empacotamento parece ser a melhor posição na cadeia produtiva, dezenas de produtores já descobriram que não é tão fácil assim. A exportação também está moldando os novos exportadores. Sem dúvida, é o caminho para absorver a produção que crescerá nos próximos anos, mas não é isento de desafios. A exportação terá um maior volume exportado este ano mas os investimentos fora da porteira para que isso aconteça não tem sido poucos. Um deles esta acontecendo desde o ano passado. Os exportadores estão investindo de forma direta para promover o Feijão brasileiro lá fora.
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