Soja x Dólar: Alta da moeda americana traz oportunidade de vendas, mas acende alerta para custos 24/25

Publicado em 13/06/2024 11:13 e atualizado em 13/06/2024 12:38
Matheus Pereira
Câmbio tem sido o principal componente de formação de preços no mercado nacional, ainda mais importante do que Chicago neste momento. Importante é entender a velocidade com a qual o dólar deve seguir sua trajetória de alta para enxergar com clareza os bons momentos.

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A formação dos preços da soja no mercado brasileiro tem se divido entre a movimentação mais contida dos preços na Bolsa de Chicago - onde o clima nos EUA tem sido o principal driver dos futuros - e o dólar subindo forte frente ao real. A moeda americana já atua na casa dos R$ 5,40 desde ontem, renova algumas máximas e garante oportunidades importantes de negócios, tanto para o restante a ser comercializado da safra 2023/24, quanto para a soja 2024/25. 

Segundo explica o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, em entrevista ao Bom Dia Agronegócio, do Notícias Agrícolas, a movimentação cambial tem sido, no atual momento, ainda mais importante do que a própria movimentação dos futuros na CBOT. 

O mercado futuro norte-americano agora monitora o desenvolvimento da safra 2024/25 dos EUA, de olhos nos mapas climáticos e nos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), e assim, vai caminhando com variações mais contidas. Do mesmo modo, o dólar continua a subir e, de acordo com um estudo recente da Austin Rating, o real está entre as dez moedas que mais se desvalorizaram frente ao dólar. 

"Para a safra 2024/25, muito cuidado para aqueles que vão fazer novas compras, em especial de fertilizantes que não foram importados. Se os estoques regioinais de fertilizantes estiverem baixos, não vale a pena ficarmos esperando para fazer novas aquisições de fertilizantes serão fertilizantes que virão com um dólar de R$ 5,40, R$ 5,45, R$ 5,50, possivelmente. Enquanto que grande parte do que já foi importado, colocado no Brasil, chegou com um dólar de R$ 5,15, R$ 5,20". diz Pereira. 

Para a safra velha, que já teve seus custos formados e quase totalmente cobertos, o cenário já é menos complexo e o produtor brasileiro "ainda terá sim melhores oportunidades de venda no segundo semestre com a alta do dólar, juntamente com os prêmios de exportação". 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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