Colheita, dólar e Chicago pressionam e milho acumula perdas semanais na B3
A sexta-feira (17) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 58,60 e R$ 68,10 e acumularam recuos ao longo desta semana.
O vencimento julho/24 foi cotado à R$ 58,60 com desvalorização 0,80%, o setembro/24 valeu R$ 61,66 com queda de 0,71%, o novembro/24 foi negociado por R$ 64,63 com perda de 0,74% e o janeiro/24 teve valor R$ 68,10 com baixa de 0,32%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram desvalorizações de 0,59% para o julho/24, de 1,11% para o setembro/24, de 1,06% para o novembro/24 e de 1,02% para o janeiro/25.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho contabilizou mais altas do que baixas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas na praça de Porto Santos/SP. Já as valorizações apareceram em Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Sorriso/MT e Itapetininga/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
Para o Consultor de Grãos e Projetos na Agrifatto, Stefan Podsclan, os preços do milho no Brasil passam por um período de movimentações negativas estimuladas pela queda do dólar ante ao real e pelas baixas vindas da Bolsa de Chicago (CBOT).
Além de citar estes fatores como baixistas, ele destaca o começo das colheitas da safrinha em locais pontuais do Brasil. Na visão do consultor, os próximos meses de junho, julho e agosto devem ser de queda nos preços do milho no país, justamente devido ao avanço da colheita e da grande oferta de grãos entrando em um mercado pouco vendido, apenas cerca de 25% até o momento.
Porém, a partir de setembro e outubro o mercado deve voltar a ter força e as cotações tendem a melhorar no país, especialmente se impulsionando na força vinda das exportações, que já começam a ganhar alguma tração após um começo de 2024 bastante fraco.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), o pregão de sexta-feira foi encerrado com os preços internacionais do milho contabilizando movimentações negativas e acumulando revezes também ao longo da semana.
O vencimento julho/24 foi cotado à US$ 4,52 com queda de 4,50 pontos, o setembro/24 valeu US$ 4,62 com desvalorização de 5,25 pontos, o dezembro/24 foi negociado por US$ 4,76 com perda de 5,25 pontos e o março/25 teve valor de US$ 4,89 com baixa de 5,25 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (16), de 0,98% para o julho/24, de 1,12% para o setembro/24, de 1,09% para o dezembro/24 e de 1,06% para o março/25.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram desvalorizações de 0,44% para o maio/24, de 3,67% para o julho/24, de 3,65% para o setembro/24, de 3,15% para o dezembro/24 e de 2,76% para o março/25.
Segundo informações da Agrinvest, os futuros do milho em Chicago pegaram carona nas quedas dos preços do trigo nesta sexta-feira.
“A produção de trigo de inverno dos Estados Unidos deve ser maior nesta temporada 2024/25, conforme apresentam os primeiros dados do Wheat Quality Tour. O trigo dos EUA vem apresentando um rendimento médio de 49,9 bushels por acre nesta temporada, bem acima dos 29,8 do ano passado e superior à média dos últimos três anos de 42,8 bpa”, apontam os analistas da Agrinvest.
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