Ações europeias caem em meio a nervosismo com corte de juros pelo BCE
Por Ankika Biswas e Johann M Cherian
(Reuters) - As ações europeias fecharam em baixa nesta sexta-feira, com investidores cautelosos após comentários de uma autoridade do Banco Central Europeu (BCE) sobre as perspectivas para a política monetária, enquanto a Richemont registrou seu melhor dia em mais de três meses, após anunciar uma reformulação em sua administração.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,13%, a 522,94 pontos, com o setor imobiliário, que é mais sensível aos juros, entre os piores desempenhos, pressionado pelos rendimentos mais altos dos títulos da zona do euro.
Um relatório mostrou que Isabel Schnabel, membro da diretoria do BCE, defendeu cautela em relação a novas reduções nos juros após um provável primeiro corte em junho, trazendo à tona incertezas sobre as perspectivas de queda da taxa básica.
Em relação aos dados, uma leitura final da inflação da zona do euro confirmou um relatório anterior que mostrou que os preços aumentaram 2,4% em uma base anual em abril.
Os formuladores de política monetária do BCE não ofereceram clareza sobre as perspectivas de cortes nos juros após junho, enquanto autoridades do Federal Reserve não mudaram abertamente suas opiniões sobre o momento de cortar os custos de empréstimos, apesar dos recentes dados econômicos encorajadores dos Estados Unidos.
"O mercado está em uma boa posição no médio prazo. Os bancos centrais estão fazendo o que podem e ainda querem cortar este ano, mas de forma muito constante", disse Chris Beauchamp, analista-chefe de mercado da plataforma de negociação online IG.
"A preocupação é se a inflação começar a subir, portanto, é preciso ficar de olho nisso, especialmente em junho e depois."
O índice de referência conseguiu encerrar sua segunda semana consecutiva de ganhos, subindo por nove sessões seguidas até quarta-feira, conforme uma robusta temporada de balanços ofereceu um novo impulso ao sentimento otimista predominante dos investidores.
Por outro lado, o principal índice da Suíça teve desempenho superior aos seus pares, impulsionado por um avanço de 5,3% na Richemont, depois que a empresa de luxo divulgou o que analistas da Jefferies descreveram como resultados do quarto trimestre "tranquilizadoramente resilientes". Nicolas Bos foi nomeado presidente-executivo do grupo. O setor de luxo mais amplo teve alta de 1%.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,22%, a 8.420,26 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,18%, a 18.704,42 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,26%, a 8.167,50 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,03%, a 35.398,82 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,25%, a 11.327,70 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,48%, a 6.887,38 pontos.
((Tradução Redação Brasília)) REUTERS VB FDC
0 comentário
Ibovespa recua com LWSA entre maiores quedas e mercado à espera de pacote fiscal
Dólar oscila pouco, mas segue acima de R$5,80 com cautela antes de pacote fiscal
Minério de ferro avança com produção de aço mais forte superando dados fracos da China
Cessar-fogo entre Israel e Hezbollah entra em vigor; civis começam a voltar ao sul do Líbano
Arthur Lira acena para avanço de projetos sobre “Reciprocidade Ambiental”
CMN amplia prazo para vencimento de crédito rural em cidades do RS atingidas por chuvas