Petrobras aprova R$21,9 bi em dividendos extraordinários

Publicado em 25/04/2024 15:12

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Por Marta Nogueira e Fabio Teixeira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras informou em fato relevante que a remuneração total aos acionistas referente ao exercício de 2023 somou 94,35 bilhões de reais, incluindo 21,9 bilhões de reais em dividendos extraordinários, segundo aprovação em assembleia nesta quinta-feira.

A soma da remuneração extra se refere a 50% dos dividendos extraordinários possíveis do exercício de 2023.

A Petrobras teve o segundo maior lucro de sua história no ano passado, com 124,6 bilhões de reais, o que permitiria o pagamento de dividendos extraordinários da ordem de 43,9 bilhões de reais, caso 100% do montante fosse pago.

A decisão pelo pagamento de 50% do total foi tomada após série de polêmicas, que colocaram em lados opostos integrantes do conselho indicados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente-executivo da estatal, Jean Paul Prates, que chegou a ficar ameaçado de demissão.

Inicialmente, em reunião em março, o conselho havia decidido reter 100% dos dividendos extras possíveis em uma reserva estatutária, manifestando preocupações com a capacidade de investimento da empresa.

A aprovação dos 50% dos dividendos possíveis atende a recomendação da diretoria executiva da Petrobras, que desde o início defendeu este percentual.

O valor remanescente do montante possível para dividendo extraordinário deverá ser enviado para a reserva estatutária.

A aprovação nesta quinta-feira ocorreu, ainda, após o presidente-executivo da Petrobras passar por um processo de "fritura", que poderia ter levado à sua demissão.

Entretanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter Prates no cargo e o governo terminou por acatar a proposta da diretoria.

Na semana passada, a Petrobras informou que seu conselho "entendeu, por maioria", como satisfatórios os esclarecimentos da diretoria financeira da empresa de que a distribuição de dividendos extraordinários de até 50% do lucro líquido de 2023 não comprometeria a sustentabilidade da empresa.

(Por Marta Nogueira e Fábio Teixeira)

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Fonte:
Reuters

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