Índice de lavouras de milho ruins cresce no MS e Famasul já registra perda de potencial produtivo
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural, indicando novos reportes sobre as lavouras do estado.
De acordo com o levantamento, o plantio das lavouras de milho no Mato Grosso do Sul atingiu o patamar de 98,8% do total estimado, índice inferior aos 100% do mesmo período do ciclo 22/23 e da média dos últimos cinco anos.
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Olhando as condições das áreas do estado, os técnicos da Famasul classificaram 62,04% das lavouras como boas, 18,46% como regulares e 19,49% como ruins.
Os destaques negativos são a região Sul-Fronteira, que tem 35% das lavouras consideradas ruins, Centro com 33,9% e Sul com 29,7%. No Nordeste e Norte 98% da área foi considerada em boas condições.
“A 2ª safra de milho de 2023/2024 já registra perda de potencial produtivo em decorrência do estresse hídrico. Em diversas regiões do estado, incluindo sul, sudoeste, sul-fronteira e sudeste, as lavouras enfrentaram um período de 10 a 30 dias sem precipitação. Essa situação adversa impactou uma área total de 432 mil hectares”, apontam os técnicos da Famasul.
![condição lavouras milho ms](https://cdn.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/thumbs/800x2000/condicao-lavouras-milho-ms-PJ6l3.jpg)
As estimativas da Famasul apontam para um plantio total de 2,218 milhões de hectares, 5,82% menos do que no ano anterior e uma produtividade prevista de 86,3 sacas por hectare, o que ser uma redução de 14,25% ante à última média registrada. Sendo assim, o estado deverá colher 11,4 milhões de toneladas, índice 19,23% inferior à 2023.
“Algumas regiões do estado possuem um risco elevado ao plantar fora da melhor janela de semeadura, que se concentra entre 13 de janeiro e 10 de março. Eventos climáticos adversos, como estiagem, geada e queda de granizo, podem ocorrer e prejudicar a cultura. Portanto, é crucial que o produtor esteja atento ao zoneamento agrícola de risco climático e verifique o histórico climático da propriedade ou região antes de iniciar a semeadura. É altamente recomendável evitar o plantio tardio no estado, pois isso pode resultar em uma queda significativa na produtividade e um aumento nas infestações por cigarrinha”, destaca a Famasul.